Para esta quinta-feira, estão previstos dez corredores para evacuação no leste da Ucrânia. É o momento crucial para se escapar dos intensos bombardeios que continuam, tendo como alvo os civis
Da Redação
Após massacre de Bucha – imagens expostas ao mundo –, autoridades ucranianas têm pedido à população que deixe cidades no leste do país, atual foco da guerra arquitetada pela Rússia, que entrou em seu 43º dia. É o momento crucial para se escapar dos intensos bombardeios que continuam, tendo como alvo os civis.
Para esta quinta-feira, estão previstos dez corredores para evacuação no leste da Ucrânia. Segundo a vice-primeira-ministra do país, Iryna Vereshchuk, a retirada da população “das cidades da região de Lugansk será realizada sob a condição de observância do regime de cessar-fogo pelas forças de ocupação”.
Em Bruxelas, na Bélgica, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, indicou à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que sua agenda para a reunião desta quinta-feira “é muito simples, tem apenas três tópicos: armas, armas e armas”. Hoje, os ministros dos países que fazem parte da aliança militar se reúnem para tratar da ajuda que darão à Ucrânia.
Kuleba reforça que a Ucrânia não quer apenas armas para se defender, mas também para atacar. Para ele, qualquer arma usada contra um agressor estrangeiro no território ucraniano é defensiva por definição.
“Essa distinção entre defensivo e ofensivo não faz sentido em relação à situação do meu país. E aqueles países que dizem que fornecerão armas defensivas à Ucrânia, mas não podem fornecer armas ofensivas, são hipócritas. Isso é simplesmente desonesto e uma abordagem injustificada”, disse Kuleba.
Argumentou que a Ucrânia precisa de “aviões, mísseis antinavio, veículos blindados de transporte de pessoal, sistemas pesados de defesa aérea”. “Sabemos lutar. Sabemos como vencer, mas, sem um abastecimento constante e suficiente de todas as armas solicitadas pela Ucrânia, essa vitória vai impor enormes sacrifícios”, completou.
“Peço a todos os aliados que deixem de lado as hesitações, a relutância a fornecer à Ucrânia tudo que precisa.” Os pedidos foram feitos ao lado do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, na chegada para a reunião de hoje, em Bruxelas, na Bélgica. Para Stoltenberg, é uma necessidade urgente continuar a apoiar a Ucrânia.