Trump impede funcionários da Casa Branca de cooperarem na transição. Equipe de Biden pondera via judicial

Donald Trump endurece o jogo e tenta impedir acesso à equipe de Joe Biden na Casa Branca

 

Os funcionários da Casa Branca já tinham começado a preparar informações e a abrir espaço para os sucessores, mas a administração Trump deu ordens para pararem com qualquer cooperação com a equipe de transição do presidente eleito Joe Biden. A atitude é mais um sinal de que o poder não mudará de mãos tranquilamente

 

Da Redação


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O jogo duro de Donald Trump contra a equipe de transição do presidente eleito Joe Biden vem causando constrangimentos e intimidações na Casa Branca, que passa a ser uma área fechada. E após a responsável pela agência que gere a Casa Branca ter recusado assinar os documentos que garantem fundos à equipe do próximo presidente, os funcionários receberam ordens específicas para não colaborarem com os seus sucessores. Com isso, a equipe de Biden está preocupada e diz que “há várias hipóteses” judiciais para pôr fim à resistência. E pelo andar da carruagem, a situação é bem mais grave do que supõe os democratas.

Inclusive, os funcionários da Casa Branca já tinham começado a preparar informações e a abrir espaço para os sucessores, mas a administração Trump deu ordens para pararem com qualquer cooperação com a equipe de transição do presidente eleito Joe Biden. A atitude é mais um sinal de que o poder não mudará de mãos tranquilamente. “Disseram-nos para ignorarmos os meios de comunicação social e esperar que o Governo declarasse os resultados das eleições oficiais”, disse ao “Washington Post” um funcionário da administração, que como os seus colegas aceitou falar sob anonimato: não está autorizado a dar entrevistas.

Soube-se que Emily Murphy, responsável pela agência “General Services Administration (GSA)” e nomeada por Trump, recusou-se a assinar os documentos que garantissem os fundos necessários para o trabalho da equipe de transição – cerca de 6,3 milhões de dólares. Isto levou a que mais funcionários governamentais – entre os quais o responsável pela agência dos assuntos dos veteranos de guerra – se apoiassem na decisão de Murphy para não cooperar com os novos funcionários.

“O único anúncio oficial sobre qualquer eleição que interessa é o da responsável da GSA”, disse John Barsa, responsável pela referida agência de ajuda militar, a “USAID”, que ainda não entregou um documento de 400 páginas ao staff do próximo presidente.

Diante do impasse, membros da equipe de Biden enumeraram a vários jornalistas alguns dos serviços estatais que lhes estavam a ser negados: chamadas com líderes estrangeiros agilizadas pelo “Departamento do Estado” e acesso a divisões da Casa Branca onde possam analisar informação confidencial.

O “The Presidential Transiction Act”, aprovado pelo Congresso em 1963, não especifica que fatores é que a responsável da “GSA” tem de considerar para determinar o vencedor das eleições. Emily Murphy tem-se aconselhado junto do democrata David Barram, administrador da “GSA” durante a presidência de Bill Clinton que teve de esperar pelo fim da batalha judicial entre George W. Bush e Al Gore, após as eleições de 2000. “Foi à situação mais próxima da atual. Ela está seguindo a lei, e seguindo um precedente jurídico”, garante Barram.

Apesar disso, a equipe do próximo presidente dos EUA está preocupada com o impacto destas manobras, e já pondera avançar com ações legais, disse um membro da equipe de transição de Biden ao “Washington Post”. “Há várias hipóteses legais para contestar a decisão da administração da Casa Branca”, apontou, sem entrar em mais pormenores.

 

 

 



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