Agentes da PF estão cumprindo no total, 23 mandados de prisão preventiva decretados, e 24 mandados de busca e apreensão. Desse total, pelo menos 18 pessoas alvo de prisão trabalham no “Aeroporto Internacional de Guarulhos”
Da Redação – Foi desmantelada quadrilha que agia dentro do “Aeroporto Internacional de Guarulhos”, em Cumbica, com a participação de funcionários terceirizados do aeroporto. Uma megaoperação de combate ao tráfico internacional de drogas está sendo realizada nesta terça-feira, informa a Polícia Federal (PF).
Os agentes da PF estão cumprindo no total, 23 mandados de prisão preventiva decretados, e 24 mandados de busca e apreensão. Desse total, pelo menos 18 pessoas alvo de prisão trabalham no aeroporto.
A operação vem sendo realizada na capital paulista, em Sorocaba, Praia Grande, Guarulhos e também em Portugal. Cerca de 14 pessoas já tinham sido presas até o momento desta publicação.
Segundo as investigações, os funcionários investigados atuavam na área de pista do aeroporto e com os carrinhos que dão acesso à aeronave. Eles colocariam as malas com as drogas direto no porão do avião, escapando da fiscalização e do raio-X da polícia.
A PF informa que são alvo da operação os dois principais traficantes de drogas que atraíam os funcionários e chefiavam o envio de cocaína do Brasil para a Europa por meio do terminal. Um deles está em Portugal e foi solicitada a inclusão do seu nome na lista da difusão vermelha da Interpol, a polícia internacional.
Os alvos principais são traficantes ligados à facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e já estavam sendo monitorados pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF, com sede na Lapa.
Além das prisões e mandados, a Justiça também determinou buscas em 24 endereços e o bloqueio de R$ 53 milhões em bens dos envolvidos, como dinheiro em conta, imóveis, veículos e aplicações financeiras, etc.
A investigação durou mais de um ano e durante esse período, foram apreendidos 880 kg de cocaína em nove operações. Três no aeroporto de Guarulhos, duas em Lisboa (Portugal), uma em Frankfurt (Alemanha) e três em Amsterdam (Holanda), com prisões efetuadas em Frankfurt e Lisboa.