Tradicionalismo gaúcho celebra cultura sulista brasileira nos EUA
Presidente da federação Vandenir de Souza, gaúcho de Santo Antônio da Patrulha

Tradicionalismo gaúcho celebra cultura sulista brasileira nos EUA

Centenas de pessoas participam do encontro que reúne música, comidas típicas e tradição

Edição de março/2018 – pág. 22

Tradicionalismo gaúcho celebra cultura sulista brasileira nos EUA

Março marca o início de uma nova gestão da Federação Norte Americana do Tradicionalismo Gaúcho. Celebrando o novo ciclo, a Federação promoveu o primeiro encontro deste ano e atraiu gaúchos – de nascença e de coração – dos Estados Unidos e do Brasil.

A festa contou com tudo o que o povo gosta: churrasco, fogo de chão, dança e música. “Eu sou apaixonada pela tradição gaúcha, sulista. Poder vestir nossas roupas tradicionais, comer a comida gaúcha, isso é ótimo, ouvir nossa música. É incrível!”, declara Natasha Mesquita, empresária que vive há 32 anos nos Estados Unidos. Foram três dias de festa com atrações vindas diretamente do Rio Grande do Sul: o cantor Joca Martins, Jair Kobe, o Guri de Uruguaiana e os grupos Matizes e Arte Nativa (danças tradicionais). Também estiveram lá o historiador e palestrante Rogério Bastos e Liliane Paippen, presidente da Escola do Chimarrão, de Venâncio Aires.


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Cynthia é uma prova de que a cultura gaúcha é forte mesmo. Americana, casada com brasileiro, literalmente vestiu a tradição sulista e hoje já se considera brasileira. “Eu nasci na Califórnia e conheci meu marido e daí encarei essa cultura linda que mora no meu coração. Aprendi o português com ele também, com sotaque do sul, e a gente participa de tudo que tem a ver com a cultura, seja aqui nos Estados Unidos, seja no Brasil”, conta a fisioterapeuta americana que agora já fala até “bah, tchê”.

O tradicional chimarrão marcou forte presença no encontro

15 anos morando nos Estados Unidos, João conta que o que mais sente falta da cidade natal é do encontro entre famílias. “A tradição gaúcha é família. Eu fico muito feliz de poder ter momentos como estes aqui, porque é algo importante para a nossa sociedade hoje em dia. Ter respeito pelo outro, confraternizar, isso é a nossa cultura, é bonito demais!”, explica João, que nasceu em Chapecó, no Rio Grande do Sul.

Natasha Mesquita mora em Boca Raton e não abriu mão de usar as vestimentas tradicionais para celebrar a cultura gaúcha

Várias famílias de matriz gaúcha viajaram de outros estados americanos para participarem do encontro realizado em Orlando, na Flórida. O movimento chegou a cerca de 800 pessoas, um número comemorado pela organização que, inicialmente, esperava metade disso. “O gaúcho sai do Rio Grande do Sul, mas o Rio Grande do Sul não sai do gaúcho. Quando a gente faz um evento desses, a gauchada não mede esforços para se reunir, porque a gente relembra nossos velhos tempos, do ambiente em que a gente se criou, de uma vida mais simples, mais de campo. Então esse ambiente, o fogo de chão, cavalos em volta, isso tudo tem uma importância muito significativa, muita gente se emociona quando se encontra, come um churrasco e come um chimarrão. Isso é o que motiva a gente”, conta animado o presidente da federação Vandenir de Souza, gaúcho de Santo Antônio da Patrulha.

João Maciel trouxe a família toda para celebrar

Para quem perdeu o encontro, aí vem a boa notícia: a Federação já está organizando o próximo gande evento que deve ser realizado em setembro, em comemoração à semana farroupilha. Gaúchos de nascença e de coração são mais do que bem-vindos para mais esse momento de cultura e tradição que, barbaridade tchê, vai ser trilegal.



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