Trabalhadores dos EUA exigem semana de quatro dias, aponta pesquisa

Exigência de trabalhadores americanos dificulta nas contratações: semana de quatro dias

 

Essa exigência dos trabalhadores americanos tem surpreendido gerentes de todos os setores no país, que encontram dificuldades de contratações, principalmente na faixa etária entre 22 a 35 anos. Funcionários querem semana de quatro dias, mesmo com aumento de salários e outros benefícios

 

Da Redação


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Por que a classe trabalhadora dos EUA pede a semana de trabalho de apenas quatro dias? Esse comportamento dos trabalhadores americanos tem surpreendido gerentes de todos os setores no país, que estão encontrando dificuldades de contratações, principalmente na faixa etária entre 22 a 35 anos. Irredutíveis nessa questão, abrem margens para a chamada de “a grande demissão”, que está se tornando cada vez mais clara: é hora de cortar um dia da semana de trabalho.

Com isso, os trabalhadores estão pedindo demissão em números recordes – 4,3 milhões em agosto e outros 4,4 milhões em setembro. E mesmo quando aumentam os salários e oferecem incentivos, a resposta é negativa – exigem a redução de um dia de trabalho na semana

Um estudo descobriu que 80% dos entrevistados apoiam uma semana de trabalho de quatro dias. Quanto aos 20% restantes: apenas 3% disseram ser contra uma semana mais curta e 17% foram “neutros”. Entre os trabalhadores com diploma de bacharel, “sentir-se exausto” foi a razão número 1 pela qual desistiram.

Pesquisadores da empresa financeira “Jefferies” perguntaram a jovens americanos, entre 22 a 35 anos, que haviam deixado seus empregos recentemente o que seus ex-chefes poderiam ter feito para persuadi-los a ficar.

Trinta e dois por cento disseram que teriam ficado se tivessem recebido a oferta de uma semana de trabalho de quatro dias. Essa foi a segunda resposta mais comum, logo atrás dos 43% que teriam ficado por mais dinheiro.

Lembrando que a ideia de uma semana de quatro dias não é nova. Durante o verão, o congressista Mark Takano, da Califórnia, apresentou uma legislação que alteraria o Fair Labor Standards Act de 1938 – que codificou o modelo de 40 horas com o qual agora vivemos – para reduzir a semana de trabalho padrão para 32 horas.

Ele exemplificou o caso da Microsoft, que tentou uma semana de trabalho mais curta no Japão em 2019, e descobriu que a produtividade aumentou quase 40%. Falou da “Elephant Ventures”,  empresa de engenharia de software e dados, que começou a testar uma semana de trabalho de quatro dias em agosto de 2020 para ajudar a prevenir o esgotamento dos funcionários durante a pandemia.

 



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