Suicídio

Suicídio

Edição de junho/2017 – pág. 38

 Em 2016, na Flórida, mais de 3,000 pessoas cometeram suicídio, considerada a décima causa de morte (mais que o dobro dos homicídios). No grupo entre os 25-34 anos de idade, o suicídio é a segunda causa de morte; entre os 10-24 anos, a terceira. (http://www.fasp.org/PDF_Files/Public_Policy_Professional_Relations/Florida-Facts-2016.pdf)

Sabemos que o suicídio é o ato de tirar a vida voluntariamente.  No entanto, minha pergunta é: “Quem voluntariamente chega a tal desespero? Quem escolhe morrer de propósito? Só quem está muito mal! Então, quem voluntariamente perde a saúde mental?  Quem voluntariamente nasce psicótico ou vive circunstâncias que o levam à extrema tensão e angústia? Ninguém! Portanto, precisamos de muita compaixão e sabedoria!”


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Como várias doenças com características genéticas, o suicídio, a depressão, a psicose e outras doenças – mentais ou não -, são hereditárias; o alcoolismo ou tendências para alguns vícios, também. O abuso de drogas ou álcool potencializa o suicídio, por isso, a importância de não misturar antidepressivos ou remédios para a ansiedade (ou outras condições) com álcool, substância já depressiva. Tenhamos compaixão por aqueles que se suicidam ou tentam se suicidar e por suas famílias que, quase sempre, sentem-se indefesas, impotentes ou à margem (acarretando um luto complicado, sobrecarregado de vergonha e culpa). O suicídio é um ato de grande angústia em que, por intermédio dele e deturpadamente, a pessoa busca alívio ou vingança; no caso de psicose, é um ato congruente que o cérebro entende que deve fazer, em uma realidade ilógica e torturadora.

Infelizmente, muitos dos suicídios na adolescência são o resultado de “bullying” (perseguições físicas ou mentais por outros adolescentes ou adultos), muitas vezes porque atravessam a difícil e corajosa jornada de identificação sexual (que não é uma escolha, mas sim orientação). Devemos falar abertamente desses assuntos, tentar ouvir, respeitar e indicar o melhor caminho para apoio profissional. Os pensamentos que levam ao suicídio podem ser recorrentes (e não permanentes). Assim, é importante procurar, encontrar e manter um tratamento psicológico. Nunca devemos ignorar ameaças de suicídio, ou ter medo de interpretar comportamentos que pareçam indicar intenções suicidas. Devemos interferir o mais cedo possível, falando com as autoridades ou pessoas de confiança.  Mais vale prevenir que remediar!

Há algum tempo, escrevi neste jornal sobre a depressão: “Há vários tipos de depressão,  desde a tristeza, devido a uma perda, até a depressão maior, que incapacita e até mesmo leva a pensamentos mórbidos.  Nesse caso, é importante ser cauteloso e pedir auxílio. A maior parte das pessoas tem uma depressão (pelo menos uma vez na vida).  Depressão é diferente de se sentir aborrecido ou triste de vez em quando. Já se sentir continuamente assim, melhor averiguar se o caso é crítico. Se isso o afeta no trabalho, nas suas relações pessoais ou nos cuidados consigo mesmo (como alimentação), fale com um profissional da saúde. O tratamento para depressão pode variar, como qualquer outra doença, cujo tratamento depende do grau e do médico ou do indivíduo. Em geral, o tratamento da depressão tem abordagem interdisciplinar: mental, emocional, física, social e espiritual (na minha opinião). Faça o seguinte teste, http://psychologytoday.tests.psychtests.com/take_test.php?idRegTest=1308, que poderá ajudar a checar se os seus pensamentos têm tendências a ser depressivos. Se vem acumulando problemas emocionais não resolvidos, especialmente ligados a assuntos antigos da infância, é natural sentir-se mal, por isso a importância procurar um profissional.

Fisicamente, deve-se ser ativo, esforçar-se por se movimentar mais. Alie, na academia ou no clube, disciplinas ocidentais às orientais, como qigong ou yoga. O exercício faz-nos produzir hormonas, como a endorfina, que são antidepressivos naturais. Inscreva-se em aulas que interessem; faça voluntariado; envolva-se na comunidade. A depressão contribui para o isolamento e  a participação social funciona como um antidepressivo natural. O ser humano só se sente satisfeito quando encontra a paz espiritual, busque-a. Leia, converse, participe! Considere medicinas alternativas, tais como a acupuntura ou tomar chás (a Erva de São João é considerada antidepressiva), mas, para isso, deverá consultar um ‘ervalista’ ou especialista. Antidepressivos receitados pelo médico são comuns e, às vezes, necessários. Quanto mais alto o grau de depressão, mais provável essa necessidade. O seu profissional fará essa recomendação.

No seu livro “Resistindo à Felicidade”, Matthew Kelly diz:  “Podemos saber o que nos faz felizes, mas nem sempre o fazemos (…).  Todos os dias estamos em guerra com a Resistência (à felicidade). A guerra mais difícil a ser ganha é a que nem percebemos que estamos lutamos, e o inimigo mais difícil de combater é aquele que nem sabemos que existe”. De maneira direta, simples e clara, Matthew Kelly recorda a importância suprema da caminhada espiritual para a nossa saúde mental.

Para recursos na comunidade, telefone para o 211. Em caso de emergência, telefone para o 911 ou ao número nacional para a prevenção contra o suicídio: 1-800-273-8255.

Se quiser comentar ou receber mais informações, telefone-me (inclusive sobre o grupo de apoio para todos os recém-chegados, imigrantes que se sentem sós e desesperados). Para outras dicas ou recomendações, considere os meus dois e-books e vídeo, respectivamente: “Autoestima e Relacionamentos – Segredos Essenciais”, “Autoestima – Ferramentas Indispensáveis” e “Segredos Saborosos Para Um Bem-Estar Físico e Mental”, todos na http://www.ortigao.com/EbooksandVideos.en.html



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