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Sobre o perdão
OUT/14 – pág. 58
“Se perdoardes aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados”. (Mateus, VI: 14-15)
O perdão na visão da Psicologia profunda é dar o direito de cada um ser como é. E também a nós o direito de sermos como somos. Se o próximo é assim, não nos cabe modificá-lo. E nunca devolver mal por mal; procurar sempre retribuir o mal com o bem. Devemos dar o direito ao outro de ser inferior, se isto lhe agrade. Se achamos que ele nos ofendeu, a nossa é uma situação simpática. Se ele nos caluniou, tanto eu como ele sabemos que é mentira dele. Se nos traiu, somos a vítima e ele sabe que é nosso algoz. Então o problema é da consciência dele. Não devemos cultivar animosidade, e sim perdoar. Não ficarmos manipulados, dominados pelo ódio, odiando também.
Esquecer é outra coisa. Na luz da Psicologia profunda o perdão não tem nada a ver com o esquecimento. Na visão espiritualista o perdão é o total esquecimento. São dois pontos diferentes. Não devolver o mal depende de mim; esquecer depende da minha memória. Muita coisa gostaríamos de esquecer e simplesmente não conseguimos. Se damos um golpe num móvel e nos causou uma lesão nos tecidos da mão, essa lesão só vai desaparecer com o tempo, quando o organismo se recompor. Nós podemos reconhecer que não deveríamos ter feito, mas esse reconhecimento não tira o dano que causamos. À luz da Psicologia profunda, o perdão é exatamente não devolver o mal. Tenha a raiva, mas não a conserve que faz muito mal. Á predominância da natureza animal, sobre a espiritual, questão 742 do Livro dos Espíritos. Sentimos o impacto e não temos como evitar a raiva, é fisiológico, reagimos no momento. Mas conservar a mágoa é da nossa vontade. Se conservarmos a mágoa teremos um transtorno psicológico.
À medida que formos trabalhando, a mágoa e a ofensa vão perdendo o significado. À medida que vamos descobrindo nossos valores, elas vão desaparecendo. Quando estamos de bom humor, ouvimos até desaforo e dizemos: “Sabe que você tem razão?” Quando levantamos de mau humor, só de a pessoa nos olhar, perguntamos: “Qual é o caso?” Não é o ato em si; é conforme nós recebemos o ato.”
O esquecimento somente vem quando a memória se encarrega de diluir a impressão negativa, o que demanda tempo, reflexão e auto-superação.
Perdão não é conivência com a coisa errada. Quando uma pessoa me agride, eu não estou de acordo com ele; simplesmente não estou contra ele. Se meu filho age erradamente, está aturdido emocionalmente, é ingrato, faz tudo quando me desagrada como se fosse de propósito, eu não estou de acordo, é lógico. Mas eu não posso ficar contra ele. Porque mais do que nunca ele precisa de mim; ele está doente.
Não é normal, isto é, não é saudável uma atitude assim. Mas então eu tenho o direito de me sacrificar? Sim, se aceitou a maternidade, a paternidade, não há condição difícil. Ser co-criador é ser co-participador. Será que Deus nos abandona toda vez que somos ingratos para com ele? que blasfemamos, que fazemos tudo quanto não devemos? Então o perdão não é conivência com a coisa errada. Não é uma atitude para fingir que tudo está bem. O que devemos é não devolver o mal que nos foi feito. Entretanto, o meu problema não é com ele, é comigo.
Seja gentil com você. Ame-se. Não permita que ninguém torne sua vida insuportável, nem para você, nem para os outros.
José Argemiro da Silveira
Autor do livro: Luzes do
Evangelho, Edições USE