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Snowden critica espionagem dos EUA e diz que viveria no Brasil
O ex-técnico da CIA Edward Snowden revelou que aceitaria asilo permanente no Brasil, se o convite lhe fosse oferecido pelo governo federal. O gesto, porém, não seria condicionado a novas revelações sobre os monitoramentos realizados no país pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA.
A declaração foi dada em entrevista exclusiva do americano por e-mail ao “Fantástico”, da TV Globo, divulgada hoje. Em sua primeira entrevista diretamente a um veículo brasileiro, Snowden foi perguntado se aceitaria se asilar permanentemente no país. “Claro! Se o governo brasileiro quiser defender os direitos humanos, será uma honra para mim fazer parte disso. O Brasil é um país lindo, e estou agradecido por ter tantos novos amigos e aliados lá”, disse Snowden, acrescentando: “Eu nunca vou trocar informações por asilo, e também não acredito que o governo brasileiro faria isso”.
Em críticas ao governo de seu país, o ex-técnico da CIA afirmou que “a lei americana não faz diferença entre quem denuncia programas ilegais e um espião que vende segredos para terroristas”. Por isso, ele acredita que não teria um “julgamento justo” se voltasse aos EUA. As respostas da entrevista vieram através de seu advogado, para que ela não fosse interceptada e evitar a localização exata de Snowden.
Na Rússia, o ex-técnico lamentou a distância da família. “Sou agradecido por poder viver em liberdade e participar de um debate global tão importante. E isso é graças ao ano de asilo que a Rússia me garantiu”, respondeu. “Tenho muito tempo para ler e tenho acompanhado as notícias de perto. E aprendi o idioma o suficiente para dizer, em russo, feliz Natal para todo mundo”.
Na terça-feira passada, Snowden escreveu uma carta aberta ao povo brasileiro, publicada no jornal “Folha de S.Paulo”. O documento foi interpretado como um pedido do ex-técnico para viver aqui. Ao “Fantástico”, no entanto, ele ressaltou que esta não era a sua intenção. “Eu nunca vou cooperar com ninguém fora do devido sistema legal. O objetivo da mensagem foi explicar por que essas questões são importantes”.
Dois dias depois da carta, a presidente Dilma Rousseff ressaltou que não recebeu uma solicitação formal do americano de asilo no Brasil: “Não me encaminharam nada, não me pediram nada e, mais do que isso, eu não interpreto cartas de ninguém. Eu não acho que o governo brasileiro tem que se manifestar sobre algo de um indivíduo que não deixa claro, não dirigiu nada para nós”.
Procurados após a entrevista, o Palácio do Planalto e o Itamaraty não se pronunciaram. Snowden se recusou a comentar sobre o interesse da NSA no Brasil. A agência teria acessado contas de e-mail e interceptado telefonemas da presidente Dilma, além de monitorar informações do governo e da Petrobras. As revelações dos programas de vigilância provocaram críticas da comunidade internacional e forçaram a Casa Branca a revisar as funções da NSA. O presidente Barack Obama criou uma comissão que recomendou-o a reduzir os poderes da agência, submetendo as operações ao Congresso e à Justiça.
Embora elogie a criação do comitê, Snowden acredita que o relatório teria pouco efeito. O documento, segundo o ex-técnico, consiste em uma tentativa do governo de melhorar a imagem, desgastada após a divulgação do sistema de monitoramento: “A missão deles (dos conselheiros) não era conter os abusos, era “restaurar a confiança” do público nas atividades de espionagem. Muitas das recomendações são mudanças cosméticas: coisas que soam bonito, mas mudam pouco. Os defensores da NSA alegam que murchar o poder da agência prejudicaria a luta contra o terrorismo”. “Já se passaram seis meses desde que as reportagens começaram, e a NSA nunca mostrou um só exemplo do prejuízo causado por essas revelações”, desafiou Snowden.
Fonte: correio24horas.com.br