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Sementinha de Jesus utiliza dança na ação social
A pedagoga coreografa e dançarina, Patrícia Alves e Souza, popularmente conhecida como Tia Paty, está à frente do Projeto “Sementinha de Jesus”, transformando a dança em ação social – unindo arte ao trabalho humanitário. A iniciativa recebeu incentivo dos EUA apoiando o desenvolver do projeto “Ballroom Dancing”
Edição de fevereiro/2020 – p. 23
Sementinha de Jesus utiliza dança na ação social
“É importante não utilizar a dança por vaidade, mas para uma ação social”, enfatiza a pedagoga coreografa e dançarina, Patrícia Alves e Souza, popularmente conhecida como Tia Paty, se referindo ao trabalho humanitário que desenvolve junto às crianças em Orlando. Paty utiliza a dança popular como instrumento primordial para atrair os pais e ajudar pessoas carentes da comunidade. Ela é autora do Projeto “Sementinha de Jesus” em parceria com a “Igreja International Church Power of God (ICPOG)”, incentivando a ação missionária a todos aqueles que têm esse chamado. Um trabalho que vem ganhando proporções consideráveis, com o reconhecimento das comunidades da Flórida. Recentemente, Patrícia recebeu incentivo dos EUA, apoiando o desenvolver do projeto “Ballroom Dancing” no país.
O Projeto “Sementinha de Jesus”, desenvolvido junto às crianças da Flórida, que traduz empenho e dedicação através da dança. Para a professora e coreografa, uma avaliação fundamental que fortalece o seu propósito da ajudar crianças – entre seis e 14 anos –, e seus respectivos familiares.
Importante ressaltar que Patrícia foi uma das primeiras professoras de Dança da América Latina, do “Studio de Dança Arthur Murray” – a maior academia da Florida de “Ballroom Dancing”. As “Sementinhas de Jesus” são incentivadas a ajuda comunitária e ações Sociais com o projeto de dança apoiada pela igreja “Power of God”.
“Esse trabalho com as crianças têm sido de extrema importância porque através da dança, das apresentações no teatro, conseguimos atrair a atenção dos pais para o projeto. A música toca o coração das pessoas, então pretendemos levar a arte para os asilos, igrejas, com apresentações especiais. É uma ferramenta valiosíssima porque muitas dessas crianças precisam de apoio após o curso regular da escola, pois isso alivia a sensação de vazio, de depressão, porque a música enaltece a eficácia do projeto. Os pais deixam as crianças no projeto, sob a minha confiança, e isso tem sido produtivo. Um voto de confiança que resulta em grande aprendizado”, relata Patrícia.
“Trabalho a afetividade dessas crianças, através do trabalho humanitário, social. Utilizo a dança como terapia de vida. A dança além de ser um excelente exercício cardiovascular é um recurso fabuloso para superar obstáculos, autoestima e uma arma vinculada à psicologia para curar depressão”, esclarece a professora.
Paty, inclusive, fala da ação social as quartas-feiras, em Orlando, distribuindo alimentos para pessoas que chegam aos EUA sem condições alguma de sobrevivência. “Levamos alimentos para essas famílias brasileiras que precisam de nossa ajuda, também alimentamos famílias de outras comunidades, incluindo os americanos que passam por dificuldades”, ressalta.
Lembra Patrícia do projeto educacional que desenvolveu no SESI de Brasília para ajudar as deficiências comportamentais existentes nas escolas. Assim nasceu o Projeto “Dançarte – Expressar o Corpo a Arte e a Educação” –, o qual fez inúmeras apresentações para os eventos importantes do SESI, colaborando para as tradicionais festas juninas, Olimpíadas, Festivais no “Teatro Yara Amaral” e o “Projeto Arte/Literatura Amador em Cena”. O projeto foi classificado para avaliação regional dentre os melhores projetos artísticos no “XI Arte na Escola Cidadã – SESI”.
Patrícia participou da “Ação Global”, patrocinada pela Rede Globo no Brasil, com intuito de ajudar comunidades carentes. Ministrou a “Oficina de Dança” nos “Seminários de Educadores” e foi membro da equipe artística do Projeto “Amador em Cena” realizado com estudantes do Ensino Médio do SESI/DF – com montagem de espetáculos teatrais. O projeto foi selecionado dentre as melhores iniciativas artísticas do SESI Nacional, sendo publicado no livro “Ao Mestre, uma homenagem aos professores do SESI”.
Trabalho missionário
Atualmente, a professora e coreografa desenvolve projeto de dança popular com crianças entre seis e 14 anos com o objetivo de estimular essas crianças a se interessarem pelo serviço missionário através do projeto “Sementinha de Jesus”. Nas aulas é ministrada a Palavra de Deus para evangelização das crianças tendo a dança como uma ferramenta para evangelismo. “O intuito é fazer com que as crianças entendam desde já sua missão como ministros do evangelho para a propagação da Palavra de Deus para a próxima geração”, informa Paty.
“O projeto também trabalha no comportamental de cada uma delas ensinando a submissão e obediência a um conjunto de regras cristãs e sobre a importância da unidade e comunhão com os demais, deixando o egocentrismo de lado. A dança evangelística contribui para o socioemocional das crianças e no desenvolvimento de futuros missionários”, destaca.
A “ICPOG” tem em seus pastores Idejair e Lúcia Pereira uma visão prioritária de missões, onde já a desenvolve mundialmente entre outras atividades. O foco é servir à comunidade através da ministração do evangelho e distribuição gratuita de alimentos todas as quartas-feiras, atendendo a brasileiros, espanhóis e americanos. Os pastores juntamente com o Projeto “Sementinhas de Jesus” vêm abrindo portas para o exercício de missões. A ministração das aulas gratuitas são aos domingos às 5pm nas instalações da igreja, 2154 Central Florida Pkwy B1, Orlando, FL 32837.
Para o ano de 2020 a “ICPOG” pretende desenvolver mais projetos missionários com crianças e adultos em hospitais, escolas e asilos atendendo o Ide de Jesus para a ministração de sua verdade. “A dança é um ótimo recurso para desenvolver uma linguagem evangelística, além de aumentar a comunhão. Esse é o meu objetivo, unir em um só espaço evangelismo, dança, louvores, teatro e muita diversão”, conclui a coreografa.
Pioneiros no Brasil
Tendo trabalhado ao lado de nomes consagrados da dança de salão, caso de Carlinhos de Jesus, Paty lembra que ela e seu companheiro, Daniel Joffily – que também é professor de dança de salão –, foram selecionados em Brasília – 2005 –, para dar aulas de dança de salão. A escolha foi de uma equipe dos EUA que desejava implantar o ritmo americano na cultura do Brasil. “Somos pioneiros em dar aulas de dança de salão no Brasil, no estilo americano, pois somos os primeiros professores brasileiros selecionados para essa importante tarefa. Trabalhamos também com o Carlinhos de Jesus, e foi ótimo”, celebra Paty.
“Fomos selecionados para sermos um dos primeiros professores da franquia americana, sediada no estado da Flórida, que teve sua primeira franquia na América Latina, em Brasília, a ‘Arthur Murray’. Fui classificada entre os melhores professores que ministravam aulas e apliquei meu conhecimento pedagógico e a terapia aprendida nas outras academias com casais e jovens, que procuravam na dança de salão uma terapia de vida. Tivemos sucesso imediato e muitos outros alunos buscavam a dança pela mesma razão”, ressalta.