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Sem fronteiras
Nascida na China e jogando na Áustria, a mesatenista Lin Gui representará novamente o Brasil nos Jogos Rio 2016
por Luiz Humberto Monteiro Pereira
jogoscariocas@gmail.com
Aos 22 anos, a mesatenista Lin Gui terá uma oportunidade rara para alguém tão jovem – vai representar o Brasil nas Olimpíadas pela segunda vez. Depois da estreia nos Jogos de Londres, em 2012, está novamente na seleção brasileira de tênis de mesa nos Jogos Rio 2016. Lin nasceu em Nanning, na China, e aos 9 anos foi selecionada para se juntar a uma escola dedicada à formação de atletas de diversas modalidades. Aos 11 anos conheceu o técnico Wei Jian Ren, que por anos trabalhou com a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa e estava na China acompanhando o mesatenista Rodrigo Kojima em um evento sub-17. E ele convidou Lin para um intercâmbio no Brasil. “Conversei com meus pais e eles disseram: ‘Vai lá’. Acharam que ao menos seriam férias”, diverte-se Lin.
Ela gostou tanto do Brasil que resolveu vir de forma permanente – uma vez por ano, ela volta à China para visitar os pais. “Comecei a jogar campeonatos e fui gostando do Brasil. As pessoas me tratavam muito bem. Tudo é muito diferente da China. Só tive mais dificuldade com a língua. Acho que meu coração sempre foi brasileiro”, explica. Se estabeleceu no ABC Paulista, onde passou a defender o clube São Bernardo do Campo/Palmeiras – o que explica seu português com sotaque paulista e o fato de ser palmeirense fanática. Em maio de 2012, conseguiu a cidadania brasileira e logo foi convocada para a seleção – apesar de o processo de naturalização ter sido criticado por alguns técnicos e jogadores. Dois meses depois, defendia a equipe brasileira nos Jogos de Londres. De lá para cá, pela seleção, foi campeã mundial por equipes da Segunda Divisão (2014), vice-campeã da Copa Latina de Cuba (2015), campeã do Latino-Americano nas categorias individual, duplas feminina e em equipes (2015), campeã por equipes no Aberto de Luxemburgo (2015), foi medalha de prata por equipes e individual nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015. No ano passado, mudou-se para a Áustria para defender o Linz AG Froschberg, um dos principais clubes da Europa.
Jogos Cariocas – Como você se aproximou do tênis de mesa?
Lin Gui – Comecei com 7 anos, brincando na escola. Meus pais trabalhavam o dia inteiro e não tinham tempo para me buscar na hora da saída, então eu ficava até mais tarde. Isso durou cerca de 3 anos, até que num torneio da cidade o treinador da equipe da província me chamou para fazer um teste. Acabei gostando e passei a jogar sério, em uma escola dedicada à formação de atletas.
Jogos Cariocas – O que mais gosta em praticar o tênis de mesa?
Lin Gui – O legal é que tênis de mesa é um esporte que tem muita variação, em tudo: efeito, tática, etc. Então, em todos os jogos você tem que pensar, se adaptar e achar soluções.
Jogos Cariocas – Como é a sua rotina diária de treinos?
Lin Gui – Nos últimos tempos, tenho treinado na Áustria, onde joguei a temporada pelo Linz. Mas neste exato momento, que já acabou a temporada na Europa, estou treinando novamente em São Bernardo. Tenho mais dois períodos de treino da seleção antes das Olimpíadas do Rio. Costumo treinar de manhã e à tarde, em média seis horas por dia.
Jogos Cariocas – Qual foi seu momento mais emocionante, dentro do esporte?
Lin Gui – O momento mais emocionante foi quando conquistei a vaga para os Jogos Olímpicos do Rio, porque todo atleta sonha em disputar essa competição e ainda vou ter o privilégio de jogar em casa. A conquista mais importante foi a prata no Pan de Toronto. Foi por muito pouco que não foi ouro, mas eu saí satisfeita da competição.
Jogos Cariocas – Como acha que estão as chances do tênis de mesa do Brasil nas Olimpíadas? Tem ideia de quem serão seu principais adversários?
Lin Gui – Ainda não sabemos nosso adversário, porque o sorteio vai ser poucos dias antes da competição. Sabemos que o nível é muito alto, mas nada é impossível. Estamos trabalhando muito para representar bem o Brasil. Jogar com toda a torcida a nosso favor vai nos dar mais forças. Os principais adversários são a China e os demais países asiáticos.
Jogos Cariocas – Já sonhou com os Jogos Rio 2016? O que imagina encontrar lá?
Lin Gui – Sim, é um sonho para todos os atletas e ainda vai ser em casa! Só quero aproveitar o máximo possível. Serão poucos, mas serão dias espetaculares na minha vida.
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