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Sem ceder a republicanos, Obama insiste em taxas mais altas para ricos
Em sua primeira aparição pública após a reeleição, o presidente dos EUA, Barack Obama, reafirmou nesta sexta-feira sua posição de que aumentar os impostos para os mais ricos é parte da solução para resolver os problemas do deficit público americano.
“Nós não podemos nos desviar do nosso caminho para a prosperidade. Nós precisamos harmonizar cortes de gastos com receita [arrecadação]. Isso significa pedir aos americanos mais ricos que paguem um pouco mais de impostos”, disse ele, em um breve discurso na Casa Branca, em Washington.
Ele lembrou que, a partir do início do ano que vem, as alíquotas de imposto de renda vão subir para todos os americanos. “Os impostos de todo mundo vão subir no dia 1 de janeiro. De todos… isto não faz sentido e seria ruim para a economia”, acrescentou.
Esse é um justamente um dos maiores pontos de atrito entre republicanos e democratas no Congresso americano. Poucas horas antes, não por coincidência, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, havia reforçado que seu partido era contra a elevação de impostos para os mais ricos.
Os EUA enfrentam um sério desafio no curtíssimo prazo: os parlamentares têm menos de dois meses para chegar a um consenso contra o chamado “abismo fiscal”, um problema orçamentário que pode prejudicar seriamente a economia americana.
Há uma reunião marcada para a semana que vem, na Casa Branca, entre o presidente e as lideranças dos dois partidos no Parlamento. Os republicanos controlam a Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados), enquanto os democratas têm a maioria das vagas no Senado.
O “ABISMO FISCAL”
Até o final do ano está prevista a extinção de uma série de estímulos fiscais aqui nos EUA, tais como alíquotas menores de imposto de renda. Há também uma série de cortes automáticos de despesas federais que deve entrar em vigor a partir de 2013. Essa combinação de menos alívios fiscais e menos gastos públicos foi apelidada de “abismo fiscal”.
Economistas acreditam que, sem um acordo no Congresso para evitar esse “enxugamento” de dinheiro público na economia aqui dos EUA, o país pode voltar a cair em recessão, da qual saiu há somente três anos.
Fonte: jornalfloripa.com.br