Cerca de 40 refugiadas afegãs – entre adultas e crianças –, estão morando no saguão do “Aeroporto Internacional de Guarulhos”, ao lado do “Serviço ao Imigrante”, em barracas e colchões improvisados pelos corredores
Da Redação – A cada dia, cresce o número de imigrantes refugiadas afegãs, que se acomodam no saguão do “Aeroporto Internacional de Guarulhos”, em Cumbica, aguardando acolhida do “Serviço de Imigrante”, que até o momento não resolveu o impasse. Cerca de 40 mulheres afegãs – entre adultas e 12 crianças –, estão acampadas desde o último sábado (1º), quando o fluxo começou a aumentar. Segundo a presidente da “União das Mulheres Muçulmanas no Brasil”, Aline Sobral, a situação é preocupante.
O Aeroporto de Guarulhos se tornou uma espécie de acampamento, chamando a atenção das autoridades de Guarulhos e do Estado de São Paulo para criar uma casa de acolhida, enquanto imigrantes esperam por documentos e doações.
O governo de São Paulo, por meio da “Secretaria de Desenvolvimento Social”, explicou que o processo imigratório é de responsabilidade do governo federal e que, em parceria com a prefeitura de Guarulhos, vai inaugurar uma “Casa de Passagem” com capacidade para 50 pessoas.
A cena dos refugiados morando no saguão do aeroporto, ao lado do “Serviço ao Imigrante”, pode ser vista pelos passageiros que passam pelo local, pois há barracas e colchões improvisados pelos corredores. São afegãs de diversas etnias, que fogem de um regime autoritário e opressor.
O posto humanizado do aeroporto de Guarulhos fecha às 19h, e a maioria dos voos com refugiadas afegãs chega depois desse horário. Disse a presidente da “União das Mulheres Muçulmanas no Brasil”, Aline Sobral, que no ano passado, nos meses de outubro, novembro e dezembro, foram mais de 900 atendimentos. “Desde janeiro deste ano, tivemos 360 atendimentos de mulheres afegãs”, informou.