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Relato dos EUA sobre guerra química na Síria não convence, diz Rússia
Armas químicas mataram ao menos 100 rebeldes sírios, diz Casa Branca.
Para Moscou, aumentar ajuda aos rebeldes complica esforços de paz.
As acusações dos Estados Unidos sobre o uso de armas químicas por parte do regime do contestado presidente Bashar al-Assad na Síria não são convincentes, declarou nesta sexta-feira (14) o assessor diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov.
“Diremos claramente: o que os americanos apresentaram não nos parece convincente”, disse, acrescentando que a decisão americana de aumentar a ajuda aos rebeldes complicará os esforços de paz.
Ushakov acrescentou que Moscou “ainda não” considera o envio de sistemas antiaéreos avançados com mísseis S-300 a Assad em resposta.
Uma autoridade dos EUA disse na quinta-feira que o presidente Barack Obama havia autorizado o envio de armas dos EUA a rebeldes sírios pela primeira vez, após a Casa Branca afirmar que tinha provas do uso pelo governo sírio de armas químicas contra as forças de oposição, provocando entre 100 e 150 mortes.
Autoridades norte-americanas informaram a Rússia sobre as informações que tinham, disse Ushakov em uma entrevista antes da viagem de Putin à Irlanda do Norte para a cúpula do G8. “Mas eu vou dizer francamente que o que foi apresentado a nós pelos norte-americanos não parece convincente.”
“Seria difícil até mesmo chamar de fatos”, disse Ushakov, falando em entrevista antes da cúpula em que Putin se reunirá com Obama e outros líderes ocidentais.
“Se os americanos… levarem adiante mais ajuda em larga escala aos rebeldes e à oposição, não vão facilitar a organização da conferência internacional”, disse ele.
Mas ele disse que a Rússia não está “competindo” com os Estados Unidos sobre a Síria. Perguntado se Moscou enviaria a Assad os sistemas de mísseis S-300 que Israel e o Ocidente pediram que não fossem entregues, ele disse: “Nós não estamos falando sobre isso ainda.”
A Rússia e os Estados Unidos estão tentando reunir o governo e os rebeldes da Síria para negociações, mas não conseguiram um compromisso de ambos os lados para participar.
Fonte: g1.globo.com (Da AFP)
Foto: Divulgação