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Raquel Dodge toma posse e anuncia mudanças na Lava Jato
A nova procuradora-geral da República é conhecida como “linha dura” e assume o cargo rompendo com o compromisso de manter a hegemonia da Operação Lava Jato
Edição de setembro/2017 – pág. 10
Tempos de interrogações com a gestão da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, nomeada por seu antecessor e adversário, Rodrigo Janot, que toma posse em clima de instabilidade política na esfera federal. Ela foi contundente ao afirmar publicamente que haverá mudanças na equipe da Lava Jato, provocando uma série de questionamentos.
Raquel quebrou o compromisso público de manter os integrantes do grupo de trabalho da Lava Jato que se dispusessem a permanecer após a saída de Janot em portarias que serão publicadas – até o fechamento desta edição não havia sido publicadas. Mas sabe-se que ela exclui da Lava Jato os procuradores Rodrigo Telles e Fernando Antonio de Alencar, dois dos principais investigadores da operação.
Ambos já haviam manifestado intenção de ficar, tanto formalmente quanto em contatos informais com o grupo da nova procuradora-geral – e tinham recebido a confirmação de que prosseguiriam nas investigações. Os dois foram surpreendidos com a informação oficiosa. Eles estão fora da Lava Jato.
Surpresa foi à exclusão de Rodrigo Telles em se tratando de figura significativa no âmbito de investigações. Além de participar de quase todos os casos da Lava Jato na PGR, o procurador destacou-se por liderar as investigações contra o senador José Agripino, presidente do DEM e aliado de Temer.
No ano passado, inclusive, Telles comandou a investigação que resultou numa denúncia por corrupção passiva contra Agripino. O senador foi acusado de pedir propina de R$ 1 milhão a um empresário que detinha contratos com o governo do Rio Grande do Norte. Entre as provas há áudios que implicam fortemente Agripino, na avaliação dos investigadores. O caso permanece em sigilo, por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que o relata no Supremo.
Carreira de respeito
Raquel Dodge tem o apoio dos procuradores e também uma carreira de respeito no combate à corrupção. É da lavra dela o inédito pedido de prisão de um governador no exercício do cargo: José Roberto Arruda, em 2010. Ela era a subprocuradora responsável pela Operação Caixa de Pandora, que desvendou um esquema de corrupção no Distrito Federal – ele foi flagrado em vídeo recebendo dinheiro de propina. Segundo Dodge, Arruda estava atrapalhando as investigações.
Ela também ganhou notoriedade ao coordenar a Câmara Criminal do MPF entre 2012 e 2013 – Janot, por exemplo, não tinha experiência na área penal. Um dos focos do trabalho de Raquel Dodge era ampliar o número de ações penais por corrupção em todo o país, de olho na verba que era transferida pela União para municípios.
Antes disso ela tinha participado da equipe que processou o “deputado da motosserra” Hildebrando Paschoal, que em 1999 foi condenado a 130 anos de prisão por sua participação em um esquadrão da morte no Acre.