-
‘Expo Brazil’ recebe grande público no encontro de empresários brasileiros - 1 day ago
-
‘O Exorcista’ terá continuação: traz Linda Blair, menina que assustou o mundo - 1 day ago
-
Tornado causa destruição no Mississipi; 21 mortos e pessoas desabrigadas - 1 day ago
-
Disney” e sindicato fecham acordo: US$ 18 por hora e outros benefícios serão pagos - 24/03/2023
-
Ameaça na ‘Colonial High School’ causa evacuação; alunos sofrem com calor - 24/03/2023
-
‘Apple’ investirá US$ 1 bilhão na produção de filmes; maçã na concorrência - 24/03/2023
-
Livrarias do Condado de Seminole lançam serviço digital para aprender idiomas - 23/03/2023
-
Autoridades da Flórida alertam sobre ‘droga zumbi’, letal para o corpo - 23/03/2023
-
‘De Volta para o Futuro: O Musical’ é estreia mais aguardada na Broadway - 23/03/2023
-
‘Federal Reserve’ anuncia implementação do Pix para transferências instantâneas - 22/03/2023
Português terá 350 milhões de falantes até o final do século, prevê especialista
Agência Brasil
Até o final do século 21, os oito países falantes de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) terão uma população de 350 milhões de pessoas – 100 milhões a mais que os atuais cerca de 250 milhões (dos quais mais de 190 milhões são brasileiros).
A conta é de Eugénio Anacoreta Correia, presidente do Conselho de Administração do Observatório da Língua Portuguesa, que funciona em Lisboa. Segundo ele, o número crescente de falantes do idioma é um dos fatores que aumentam o “potencial econômico” da língua.
Em sua opinião, a tendência demográfica – junto com a ascensão econômica de Angola, Brasil e Moçambique, bem como fatores culturais (como a música) e a Copa de Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016 – explicam o “boom do interesse” mundial pelo português, ao falar do aunento da procura por cursos de português em países não lusófonos.
Correia encerrou hoje (28) o 1º Congresso Internacional da Língua Portuguesa, organizado pelo observatório e pela Universidade Lusíada. O adiamento no Brasil da obrigatoriedade da nova ortografia para 2016 (decidido pela presidenta Dilma Rousseff em dezembro passado) em nada afeta a expansão do idioma, na avaliação de Correia.
“Eu não dou tragédia nenhuma a isso”, disse, se expressando de modo peculiar aos portugueses. “Não é drama nenhum. O acordo não pode ser imposto, tem que ser absorvido pela sociedade e isso precisa de tempo”, defendeu em entrevista à Agência Brasil.
Segundo ele, “o que o Brasil fez foi um adiamento do prazo para terminar o processo, mas não interrompeu o processo”, salientou. Para Correia, o governo brasileiro postergou a obrigatoriedade “por razões técnicas”, tais como a necessidade de preparação de livros didáticos e professores.
“O Brasil é um continente. As dificuldades regionais, as assimetrias, a preparação de pessoas, a preparação de manuais em um país que tem a dimensão e a variedade do Brasil são muito grandes. Entendo perfeitamente que por razões técnicas possa ter havido necessidade desse adiamento”.
O adiamento da entrada em vigor do acordo ortográfico no Brasil alimentou os críticos portugueses às regras de unificação da escrita do idioma. É comum em Portugal escritores e colunistas publicarem textos em jornais e revistas com a observação de que não seguem as regras do acordo. “Utilizar isso como argumento antiacordo não é bom para ninguém”, assinalou Eugénio Anacoreta Correia.
“O português hoje não é de Portugal, mas ‘também’ é de Portugal. Nós temos que acrescentar o ‘também’. A grande riqueza que temos na Comunidade de Países da Língua Portuguesa [CPLP] é exatamente a partilha de uma coisa comum. Para que a língua seja de todos, todos temos que ceder”, finalizou.