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Polícia faz apreensões em escritórios da TelexFree no ES
TelexFree é acusada de operar uma “pirâmide financeira”, esquema fraudulento que pode ter lesado milhares de clientes no Brasil
A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira nove mandados de busca e apreensão em endereços ligados a TelexFree e seus sócios, na região metropolitana de Vitória (ES). Segundo informou a assessoria da corporação, o objetivo é investigar crimes financeiros relacionados às atividades da empresa no Brasil.
Como é de costume na Polícia Federal, o nome da operação sugere quais crimes são investigados. A ação desta quinta-feira é chamada de Orion, nome da constelação que estaria alinhada às pirâmides do Egito. A TelexFree é acusada de operar uma “pirâmide financeira”, esquema fraudulento que pode ter lesado milhares de clientes no Brasil, países da América Latina e até nos Estados Unidos.
Cerca de 50 policiais e 18 auditores da Receita Federal participam da operação, que cumpre mandados expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal de Vitória. O juiz responsável pelos mandados também determinou que os sócios da empresa não podem deixar o País e devem comparecer à Justiça Federal uma vez por mês. Os bens imóveis e as contas bancárias dos envolvidos também podem ser sequestrados.
Para a Receita Federal, há indícios do cometimento de crimes tributários na atuação dos divulgadores, crime contra a economia popular, com suposta formação de pirâmide, estelionato e crime de induzimento à especulação. A rede construída pelas empresas não condiciona os ganhos dos divulgadores à venda ou revenda dos serviços de telefonia, mas principalmente à angariação de novas adesões que torna o esquema lucrativo somente para os membros que figuram no topo da pirâmide.
Brasil
A TelexFree está proibida de operar no Brasil desde o ano passado. Ainda em maio, a empresa foi multada em R$ 5,59 milhões por desrespeitar o Código de Defesa do Consumidor e fazer propaganda enganosa. Segundo o Ministério da Justiça, a empresa omitiu informações sobre os serviços “prometeu lucros rápidos e fáceis, e induziu o consumidor em erro”.
Nas investigações foram identificadas cláusulas abusivas nos contratos de adesão. A TelexFree, por sua vez, informou aos órgão de fiscalização que é uma empresa de marketing multinível e que seus divulgadores publicavam anúncios na internet, comercializavam pacotes de telefonia, e eram remunerados por esse serviço. De acordo com o ministério, a empresa não tinha autorização do órgão regulador para comercialização de tais serviços.
Fonte: terra.com.br