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Placebo
“Antes de mais nada, não cause danos” – Princípio da medicina, atribuído a Hipócrates
Edição de novembro/2017 – pág. 31
Placebo
“A questão do placebo é um dos assuntos que mais fascinam e, ao mesmo tempo, mais causam controvérsias entre a classe científica. Com todo o conhecimento que a ciência hoje possui, o placebo permanece um mistério e todo artigo sobre ele ainda é bastante incompleto. Seu bom ou mau uso pode significar uma vida, principalmente enquanto seus efeitos são pouco conhecidos a fundo e seu funcionamento, isto é, como realmente ele age, ainda é alvo de muitas teorias, inclusive a abordagem psicológica. Para a classe científica, conhecer o placebo, suas possibilidades e seus efeitos é fundamental. E para um leigo, até que ponto é interessante saber que um remédio ao qual ele atribui sua cura não passava, por exemplo, de simples composição de amido com açúcar?
O que é um Placebo
A palavra “Placebo” vem do latim e significa “agradarei”. Placebo é um fármaco, terapia ou procedimento inerte, que apresenta, no entanto, efeitos terapêuticos devido aos efeitos psicológicos da crença do paciente de que ele está sendo tratado. A palavra placebo foi cunhada da Bíblia Cristã, após vários erros de tradução. Ela apareceu em primeiro lugar no salmo 116 e foi adquirindo uma conotação científica nos dicionários ao longo do tempo.
Hoje, o placebo é, em primeiro lugar, definido como uma substância inerte ou inativa e que, ao ser ingerido, produz um efeito que suas propriedades não oferecem. Muitas pessoas que ingerem, por exemplo, uma pílula contendo nada mais que amido com açúcar, apresentam melhoras de uma doença, imaginando ter tomado o remédio feito especialmente para essa doença. Ele é muito utilizado em pesquisas de medicamentos para se avaliar a eficácia da droga ou procedimento utilizado. O teste é feito através de dois grupos de pacientes, sendo que apenas um grupo utilizará a substância testada; o outro grupo, o Placebo. De acordo com o resultado, saberemos se a substância testada é realmente eficaz.
Efeito placebo é um fenômeno psicofisiológico, definido como sendo um efeito positivo atribuído a uma pílula ou procedimento que não deriva diretamente da sua ação farmacológica. Mas o placebo não existe apenas em forma de uma substância. Uma ‘cirurgia espiritual’, até que não se prove que ela genuinamente tenha acontecido, pode ser um placebo. A pessoa ‘operada’ sente o corte e a sutura e fica ‘curada’ do mal que a afligia sem passar por uma cirurgia convencional.
Uma terapia também faz às vezes de um placebo. As chamadas terapias alternativas, como os florais, os cristais, a radiestesia e muitas vezes a própria psicoterapia, ainda são consideradas por uma grande parte da ala científica como um placebo.
Mas o uso do placebo não está restrito à área científica ou à das terapias alternativas. Nossas avós conheciam muito bem os seus efeitos quando aplicavam suas ‘poções mágicas’ e ‘‘curavam’’ dores. Um ensinamento popular passado de geração a geração, sem questionamentos. Também, nessa categoria, encontram-se as orações, que promovem os chamados milagres e a conhecida ‘cura pela fé’. Enquanto esses milagres e curas não tenham comprovação, agem como um placebo.
Por último, os próprios remédios, mesmo sendo fabricados com uma fórmula teoricamente capaz de combater determinada doença, podem, por erro de fórmula, não curar a doença; mas, ao ser tomado para esse fim, podem ainda assim agir como um placebo (gerando um efeito positivo nos sintomas). O efeito Placebo é utilizado com sucesso no tratamento de vários problemas, tais como depressão, alterações do sono, síndrome do intestino irritável, menopausa e casos de dor crônica.
O uso de placebos não ajuda a curar doenças, sendo apenas capaz de aliviar alguns sintomas, especialmente os que estão relacionados com a saúde mental. Assim, embora possam ser usados em casos de doenças mais graves, como câncer, os placebos não podem substituir os tratamentos indicados pelo médico.
Portanto, essa questão gera muita discussão na comunidade médica. Muitos acreditam que este efeito seja puramente psicológico, porém, o percentual de efetividade (que pode ser de 20% a 100% de respostas positivas nos indivíduos que fazem seu uso) desperta a curiosidade dos pesquisadores. Como mencionado, não há uma explicação objetiva para o efeito placebo.