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Pensamentos pós-furacão
Edição de setembro/2019 – p. 32
Pensamentos pós-furacão
Quem vive na Flórida, particularmente na Flórida Central – como eu -, sabe que os últimos dias têm sido carregados de expectativas em relação ao furacão Dorian. Alguns prepararam suas casas com madeiras e sacos de areia; outros saíram delas, indo até mesmo para outro estado; a grande maioria foi ao banco buscar dinheiro e ao supermercado comprar alimento e água para guardar.
Esta tempestade enorme e de ventos fortíssimos, à medida que avança pela costa leste dos Estados Unidos, afetou e continua a afetar muita gente. A Flórida deve agradecer a Deus por ter escapado desse furacão e, agora, apoiar financeiramente e espiritualmente o povo das Bahamas.
Os meteorologistas referenciam o “cone” de Dorian. Eu referencio o “cone emocional”, em que cada um de nós, à sua maneira, pode ou não ter sido mais ou menos afetado. Esse cone envolve o estado de vulnerabilidade que põe em perspectiva a nossa pequenez, a nossa igualdade como seres humanos e a nossa interdependência.
É também um convite para iniciarmos, renovarmos ou expandirmos a nossa fé. Dependendo de algumas condições, como a nossa experiência em relação a eventos da natureza, a nossa forma presente (física e mental), os apoios sociais e laborais, a nossa reação ou resposta poderá ter um grau de maior ou de menor dificuldade.
Durante essas noites, percebi meus sonhos tornarem-se mais ansiosos: corria para pegar um avião que partia sem mim; defendia um amigo que ia ser despedido; dei adeus a coisas pessoais, porque a casa inundava e eu tinha que fugir etc.
Nem sempre nossos sonhos têm correlações tão óbvias com o que acontece à nossa volta; mas as emoções nos nossos sonhos, sim. Há sempre uma correlação idêntica com algo que se está passando em nossa vida ou com algo que observamos durante o dia. Por exemplo, ontem fui a pé até a casa de uma vizinha e, quando cheguei lá, começou a chover bastante. Ela ofereceu-se para me levar até minha casa, de carro, quando acabasse de assistir ao filme “Terminator” (que estava assistindo com a família). Eu, que não assisto a filmes assustadores ou de terror, fui sonhar com o potencial ataque de um “aranhão” gigante.
Nossos sonhos ajudam-nos a resolver emocionalmente aquilo que estamos vivendo em nossas vidas. Se pudermos dormir o tempo necessário, nossos sonhos (em sua maioria) resolvem-se sozinhos. Faz diferença deixá-los terminar por si próprios, em vez de interrompê-los, acordar no meio deles ou evitar voltar ao mesmo sonho; embora, às vezes, eles nos acordem, por isso não queremos tornar a sonhá-los. No caso de crianças, é bom deixá-los contar o sonho. Assim, podemos explicar que ter medos é normal e que eles podem contar com nossa proteção.
Hoje, com o furacão Dorian mais longe, começamos a voltar à normalidade, à nossa rotina, arrumando as coisas do jardim em seus lugares, voltando ao trabalho etc. Rotinas funcionam como ansiolíticos. Nosso “cone emocional” começa a desvanecer-se, mas cada um de nós, tal como Dorian, levará seu tempo e fá-lo-á à sua maneira. Quanto mais depressa voltarmos aos nossos hábitos, melhor; bem como fazer exercícios físicos e ter uma dieta saudável.
Mais uma vez, o “cone emocional” permitiu que puséssemos em perspectiva as nossas prioridades e valores, convidando-nos a continuar a fazê-lo e a saborear o sol que já vem chegando.