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Os desafios e adrenalina do paraquedismo
DEZ/15 – pág. 45
Fernando Meirelles, popular Tachinha, é paraquedista e instrutor de paraquedismo desde 2003, realizando 51 saltos ao mês. Luciano Medeiros, empresário e skysurfer – salta com uma prancha especial -, realiza 20 saltos ao mês. Ambos têm algo em comum: a paixão pelo esporte radical
Ser paraquedista é não ter medo do solo. É preciso saltar com determinação e se aventurar em uma das práticas mais desafiantes e que valem todos os esforços. Se atirar nas altura sem um salto que pode durar até um minuto, em queda livre, provoca sensações indescritíveis. A adrenalina atinge o ápice e o relato dos que praticam essa façanha é uníssono, ou seja, “imperdível”. A equipe do “Jornal Nossa Gente” conversou com dois atletas de paraquedismo, em Orlando, que desafiam os próprios limites para conquistar o ponto máximo do paraquedismo. Fernando Meirelles, popularmente conhecido por Tachinha, é paraquedista e instrutor de paraquedismo desde 2003, realizando 51 saltos ao mês. Luciano Medeiros, empresário e skysurfer – salta com uma prancha especial -, realiza 20 saltos ao mês. Ambos têm algo em comum: a paixão pelo esporte radical. “Eu preparo o cara que já é paraquedista e aprimoro o seu salto, dou a técnica necessária para um bom salto”, comenta Meirelles. “Recebo muitos brasileiros que me procuram porque querem aperfeiçoar o salto”.
Já Luciano Medeiros, skysurfer, realiza manobras radicais no ar,que incrementam o salto. Ele pratica o Skysurf – salto com prancha especial-, à semelhança de uma prancha de surf, na qual desliza e faz movimentos de rotação, como que estivesse a surfar os céus.A duração do salto é de 45 segundos, mas de uma exibição fenomenal. Ele, inclusive, é vice-campeão paulista e conquistou o título de vice-campeão brasileiro, em 2002. “É um momento fantástico e você precisar estar concentrado e muito bem preparado na hora do salto. Eu descobri essa modalidade depois que pratiquei o paraquedismo. E após dois mil saltos, passei a praticar o Skysurf e já realizei cerca de oitocentos saltos com a prancha. Aonde eu vou, levo o meu paraquedas”, ressalta o empresário.
Orienta Tachinha que no paraquedismo não se deve nunca entrar em pânico, sejam quais forem às circunstâncias. “O praticante deve estar atento às instruções para evitar surpresas. Os acidentes acontecem, na maioria das vezes, por imprudência, portanto, o aluno, não pode ter dúvidas. Claro que nos saltos tem sempre o acompanhamento do instrutor”, esclarece. E quanto ao perfil do praticante de paraquedismo, disse Fernando que a maioria é homem e que cerca de dez por cento são mulheres. O custo do curso completo é $1.300,00, com duração de três dias, com sete saltos.O salto duplo custa $189,00.
Aulas em Skydive DeLand
É importante ressaltar que as aulas são realizada na cidade de Deland, em Skydive DeLand, conhecida por ser umas das maiores áreas de salto do mundo. Dois fatores garantem sua fama e o grande volume de saltos: primeiro o clima, pois se pode saltar 365 dias do ano. Segundo, a cidade é conhecida como o coração do Skydive mundial, pois ao longo dos anos, estabeleceram-se as maiores empresas do mercado mundial, como UPT (Vector, Micron, Sigma), Performance Designs, Alti-2, Vigil USA, Larsen & Brusgrad USA, LiquidSky, TSO-D, Racer, Mirage entre outras.“Quanto mais saltar, melhora o salto. A prática leva à perfeição”, disse Meirelle. “E o tempo para o aprimoramento é muito relativo. Depende de cada praticante, principalmente no momento do pouso, de extrema importância. Mas o prazer de saltar é imensurável”.
Paraquedismo nas Olimpíadas
Entre as tantas modalidades esportivas disputadas em uma Olimpíada, o paraquedismo nunca foi incluso nas competições. Consultado sobre o fato, Tachinha foi enfático: “Existe um preconceito fora do comum com o paraquedismo. Os países não incentivam. Seria interessante uma competição entre paraquedistas, com manobras radicais numa olimpíada. É um esporte viciante. Têm pessoas que abrem mão de tudo para praticar e se aperfeiçoar na modalidade. Ainda não entendi o porquê do paraquedismo ficar fora das olimpíadas”, questiona. “É um esporte seguro, completo, com diferentes modalidades. Hoje têm brasileiros entre os melhores do mundo no paraquedismo”.
Outro fator preponderante no paraquedismo,ressalta Tachinha, é à dobragem do paraquedas. Segundo o instrutor, é algo simples, rotineiro, mas que deve ser feito por um profissional. “É um processo desgastante e exige processo físico na dobragem”, explica. Complementou Luciano Medeiros afirmando que, “tem um profissional que me acompanha quando vou saltar. Acho mais seguro. O dobrador de paraquedas é uma profissão, portanto, têm pessoas que fazem isso com critérios essenciais. O paraquedas deve ser redobrado a cada seis meses. É o período ideal para a segurança do praticante”, alerta.
E quanto aos gastos de quem pratica a modalidade e quer manter o próprio equipamento, disse Tachinha que se trata de um esporte relativamente caro. “É mais barato alugar o equipamento. O preço de um paraquedas hoje é em torno de oito mil dólares. Tem ainda a manutenção, então é melhor alugar”, sugere. Entretanto, para baratear os custos “podemos lhe direcionar e ajudar na escolha e compra de equipamentos que melhor sirvam às suas necessidades, experiência e evolução dentro do esporte, otimizando e maximizando seu investimento. Isso para garantir-lhe a certeza da melhor compra dentre as diversas opções”, conclui Tachinha.
Serviço
Site – www.skydivenoseua.com.br
Fone: 305-420-8583 (Tachinha)
Walther Alvarenga