Os brasileiros no mercado da Flórida

O aumento linear na quantidade de brasileiros visitando e investindo na Flórida faz com que os números, devidamente atualizados, reflitam esse crescimento na economia daqui.

1. Residências vendidas para brasileiros na Flórida

A associação dos corretores, conhecidos como Realtors, divulgou os números relativos à quantidade de compradores internacionais de casas na Flórida.


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Nos últimos 5 anos, temos a seguinte porcentagem de vendas de casas a compradores de outros países:

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Dos compradores internacionais, a divisão entre a origem é a seguinte:

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Segundo a mesma fonte, esses números refletem as vendas em todo o Estado, incluindo áreas como Tallahassee, Pensacola, Jacksonville, em que a participação dos compradores brasileiros não é tão marcante como em regiões como Miami, Fort Lauderdale e Orlando.

Distribuindo os 26% da América do Sul em três maiores compradores, como Venezuela, Brasil e Argentina, além da Colômbia, temos a participação de 30% sobre a América do Sul, que tem 26% entre os compradores internacionais – atualmente 23% do mercado.

Para resumir, de cada 1000 casas vendidas, 230 são compradas por estrangeiros: 60, da América do Sul, entre eles, cerca de 18 brasileiros, o que parece ser um número relativamente baixo, ou seja, 18 em cada 1000.

Em nível nacional, a participação dos brasileiros no número de casas vendidas cai muito e passa a menos de 1 em cada 1000 casas vendidas. Nota-se, então, a importância do Estado da Flórida para os brasileiros.

2. Visitantes do Brasil em Orlando

Duas áreas da Flórida estão entre as quatro mais visitadas dos Estados Unidos, além dos próprios americanos, evidentemente. Miami passou a ser a segunda cidade mais visitada – logo depois de Nova Iorque. Los Angeles é a terceira e Orlando, a quarta. 3,72 milhões de turistas internacionais visitaram Orlando, segundo dados do Departamento de Comércio Americano no setor de Viagens e Turismos. O que mais chamou a atenção é o fato dos brasileiros passarem os visitantes do Reino Unido: 768.488 turistas brasileiros contra 759.390 ingleses.

3. A participação dos brasileiros na economia do estado da Flórida

Os números comprovam o que já se via nos parques, nas ruas e nas lojas. Definitivamente, os fatores sociais, econômicos e políticos do Brasil refletem-se no número de visitantes que procuram os Estados Unidos, principalmente Orlando e Miami.

Além dos fatores descritos, existem empresas brasileiras investindo e acreditando na Flórida como grande fonte de entrada neste mundo de oportunidades da maior economia do mundo.

Recentemente a “XP Securities”, o maior fundo de corretagens de investimentos privados do Brasil, baseada em São Paulo, abriu um escritório em Miami, na famosa área da Brickell Ave. Esse escritório relocará os 15 empregados da empresa em Nova York. Segundo a “Florida Trend”, eles planejam usar esse escritório como fator de crescimento na América Latina e outros países, trazendo mais investidores internacionais. Esperam aumentar para 100 o número de funcionários até a metade do próximo ano.

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“Brace Pharma”, braço de investimentos nos Estados Unidos da empresa farmacêutica EMS S/A, acaba também de investir $15 milhões na Tyrogenex, primeira empresa a sair do instituto de pesquisas da “Scripps Florida”.

Kaká, jogador do Real Madrid, foi contratado pelo Orlando City Soccer de Orlando para participar da estreia do time na MLS de 2015. Ele integrará o time dos Lions do empresário brasileiro Flávio Augusto da Silva. Durante o ano de 2014, atuará pelo S. Paulo FC, apresentando-se ao time de Orlando em dezembro. Financeiramente, o time local espera faturar com a venda de camisas e direitos de imagem. Vale lembrar que Kaká é considerado, até hoje, ídolo na China e ajuda o time do Real Madrid a ser a equipe mais valiosa do mundo, superando inclusive os times de futebol americanos, tal como o Dallas, que vale mais de $150 bilhões de dólares.

O ponto importante é que com a participação cada vez maior de turistas e compradores de casas no país, aumentam os negócios de brasileiros e com brasileiros na Flórida, passando a ser cada vez mais atrativa para investidores profissionais. Se essa posição consolidar-se, talvez os brasileiros possam representar para a Flórida o que os italianos e europeus foram para a região de Nova York há um século.

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