‘Orlando está se reinventando, o turismo de luxo predomina’, diz Marianna Silva

Há 30 anos no mercado de turismo de Orlando, a empresária Marianna Silva fala da transformação da cidade

Em entrevista ao “Nossa Gente” a empresária e agente de turismo, Marianna Mariano Silva, da “Personal RGE Tours”, fala do mercado do luxo que predomina em Orlando. A transformação da cidade que se reinventa e aposta no setor cultural – a escassez de brasileiros da classe C

Walther Alvarenga

“Orlando está se reinventando. Os eventos de Halloween ganharam força no mercado e impulsionaram o turismo internacional, com parques e hotéis lotados. As celebrações desse acontecimento alcançaram tanto sucesso que se estendem até três meses, data que, anteriormente, era comemorada em um único dia. No ‘Universal’, por exemplo, o Halloween iniciou em setembro e segue até novembro. Isso também acontece na ‘Disney” e na ‘Legoland.’ Ainda assim, trabalhamos com a metade do nosso potencial, não conquistamos a melhor fatia do mercado com os brasileiros”, relata Marianna Mariano Silva, empresária que comanda a “Personal RGE Tours”, em Orlando.


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Lembra Marianna que no pós-pandemia Orlando ficou aquecida com turismo doméstico, momento em que as fronteiras ainda estavam fechadas e poucas pessoas viajavam. Neste contexto, o turista brasileiro também ficou retido com os consulados fechados e vistos suspensos. Algo que até o momento ainda ocorre, diz a empresária.

A busca por Cruzeiro aumentou a demanda do turista brasileiro que opta pelo pacote

“O que temos recebido em Orlando é o turista classe A, que vem em busca de hotéis de luxo, que frequentam bons restaurantes. Pessoas focadas em serviços, no mercado do luxo. Este tipo de nicho é o que viaja no momento. São os brasileiros com poder aquisitivo privilegiado, que movimentam o mercado do luxo em Orlando”, acrescenta. “Num futuro próximo o mercado B ainda pode melhorar, mas a classe C continua invisível no mercado. Ainda não temos a resposta do turista das classes B e C”.

Uma equipe afinada para melhor atender a demanda do mercado internacional

Segundo Marianna, com alta dos preços, alta do dólar, ficou mais difícil para o turista da classe C viajar para Orlando. “A cidade de Orlando antes era um destino barato. Um hotel aqui é mais barato que em Nova York, agora, quando acrescentamos passeios em parques temáticos, encarece. O ingresso custa em média 150 dólares por pessoa para visitar um parque temático. Para uma família de cinco pessoas, por exemplo, fica caro, principalmente com a alta do dólar. Lembrando que temos quinze parques temáticos em Orlando”, informa.

“Outro fator agravante é a concessão do visto americano, com as exigências do Consulado”, avisa à empresária. “Além de exigir mais documentações para a concessão do primeiro visto, o Consulado americano demora quase um ano para realizar entrevistas. As renovações de visto estão sendo mais rápidas. Muitas pessoas estão na fila de espera, pagando taxas e tantas burocracias, e, ainda assim, têm o visto negado. Essas pessoas acabam desistindo de vir a Orlando”, lamenta.      

Indagada sobre os estrangeiros que movimentam o mercado do luxo em Orlando, além da classe A brasileira, Marianna foi enfática: “Portugal opera muito bem no mercado do luxo, é só luxo para esses turistas. Angola também tem esse perfil do luxo. Temos o México, que tem sido um mercado promissor. Ainda no mercado latino, um pouco de turistas do Peru, da Argentina e do Paraguai”.  

A “Disney Cruise Line”, conta a agente de Turismo, tem sido muito procurado pelos turistas que chegam a Orlando, buscando no Cruzeiro uma nova alternativa de descontração. “A maioria destes turistas já percorreu os parques e hoje opta por novos destinos para incrementar a sua viagem. Um passeio caro, de luxo, mas, como eu disse, o mercado do luxo é que predomina o turismo em Orlando no momento”, diz.  

“Estamos operando na ‘Personal RGE Tours’ com uma mão de obra reduzida, mas trabalhando cem por cento, correndo atrás do prejuízo após a pandemia. A questão da mão de obra ainda tem sido um problema no mercado do turismo, mas não podemos recuar. Há muito trabalho pela frente para atender o aquecimento do turismo internacional”, comenta.

“Orlando está se reinventando”

“Orlando está se transformando no pós-pandemia, se reinventando, deixando de ser uma cidade apenas para crianças e parques. A cidade cresceu muito, temos restaurantes com estrela Michelin, onde se come muito bem, com Chefs renomados. Orlando está investindo no turismo cultural, temos excelentes teatros, eventos importantes e seguimentos que  proporcionam ao visitante inúmeras outras opções. Um destino mais caro no momento, mas com compensações que preenchem todas as expectativas”, aponta Marianna, há trinta anos no mercado turístico de Orlando, preparando e organizando grupos de viagens do Brasil, através da renomada agência “Personal RGE Tour”.

Serviço

“Personal RGE Tours” – Windermere Business Center

Endereço – 6735 Conroy Rd #208, Orlando, FL 32835

Telefone: 407-370-2882



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