Espera-se que Joe Biden formalize instruções aos Departamentos de Justiça e Saúde e Serviços Humanos para agir nas tentativas de limitar o acesso das mulheres a medicamentos abortivos aprovados pelo governo federal
Da Redação – O presidente Joe Biden disse que tomará medidas executivas nesta sexta-feira para proteger o acesso ao aborto, enquanto enfrenta pressão crescente de membros de seu partido para ser mais contundente sobre a questão depois que a “Suprema Corte” anulou o direito constitucional ao aborto, procedimento há duas semanas.
Biden irá se pronunciar publicamente sobre a proteção do acesso aos serviços de saúde reprodutiva. As ações tentam mitigar algumas das possíveis penalidades que as mulheres que buscam um aborto podem enfrentar após a decisão da “Suprema Corte”, mas têm capacidade limitada para garantir o acesso ao aborto em todo o país.
Espera-se que Biden formalize instruções aos Departamentos de Justiça e Saúde e Serviços Humanos para agir nas tentativas de limitar o acesso das mulheres a medicamentos abortivos aprovados pelo governo federal ou viajar para outros estados para obter serviços em clínicas de aborto.
Educar médicos e provedores
A ordem executiva de Biden também direcionará as agências a trabalharem para educar provedores médicos e seguradoras sobre como e quando devem compartilhar informações privilegiadas de pacientes com as autoridades, um esforço para proteger as mulheres que procuram ou usam serviços de aborto. Também pedirá à “Federal Trade Commission” que tome medidas para proteger a privacidades daqueles que buscam informações sobre cuidados reprodutivos online.
A ordem vem após a decisão de 24 de junho que encerrou os direitos ao aborto em todo o país e deixou para os estados determinar se ou como permitir o procedimento. O presidente toma essa medida depois de enfrentar críticas de alguns membros de seu próprio partido por não agir com mais urgência para proteger o acesso das mulheres ao aborto. A decisão no caso conhecido como “Dobbs v. A Jackson Women’s Health Organization” anulou o marco do tribunal de 1973 “Roe v. Wade.”