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Ocidente amplia sanções à Rússia
A União Europeia e os Estados Unidos decidiram ontem aplicar novas sanções contra cidadãos russos e ucranianos, em reação ao referendo, da véspera, que determinou a independência da Crimeia em relação à Ucrânia. Após uma reunião entre os 28 ministros de Relações Exteriores da UE em Bruxelas, o chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, disse que os 21 atingidos pelas novas medidas “foram responsáveis, de diferentes maneiras, pelo acirramento da crise na Crimeia”.

Trata-se de oito políticos de primeiro escalão da própria Crimeia, dez russos, sobretudo parlamentares, assim como o comandante da frota russa no Mar Negro e dois militares encarregados das operações no sul e oeste da península. As sanções, que incluem embargo de contas bancárias e proibição de entrada na UE, valem inicialmente por seis meses.
Paralelamente, o governo em Washington bloqueou todas as contas, propriedades, bens e rendimentos nos EUA de quatro políticos ucranianos e sete russos, entre os quais, o vice-primeiro-ministro Dimitri Rogozin. Também estão na lista dos sancionados o presidente ucraniano deposto Viktor Yanukovytch e Serguei Aksyonov, chefe do governo da Crimeia não reconhecido por Kiev.
Invocando o apoio da comunidade internacional, o presidente americano, Barack Obama, assegurou que seu país está pronto a aplicar até mesmo embargos econômicos, caso Moscou continue intervindo na Ucrânia.
“Vamos continuar a deixar claro que mais provocações não vão levar a nada, senão a um maior isolamento da Rússia e a uma diminuição de seu espaço no mundo”, disse Obama. “Se a Rússia continuar a interferir na Ucrânia, estaremos preparados para impor mais sanções.” No referendo de domingo 96,8% da população decidiu pela independência da Crimeia em relação à Ucrânia. O Parlamento crimeano homologou a votação por unanimidade e já prepara a adesão à Federação Russa, a qual deve ser votada pela Duma sexta-feira.
O presidente Vladimir Putin assinou um decreto reconhecendo a Crimeia como um Estado soberano. E uma delegação da península no Mar Negro vai negociar em Moscou o cronograma para introdução do rublo russo como moeda. Em contrapartida, a União Europeia anunciou para sexta-feira a assinatura de um acordo de cooperação com a Ucrânia. Trata-se da parte política de um acordo de associação que vem sendo negociado há anos. As partes relativas a economia e livre-comércio só deverão ser abordadas depois das eleições presidenciais ucranianas, marcadas para 25 de maio.
A rodada de sanções em Bruxelas foi a segunda desde o início das tensões no Mar Negro: há uma semana, os ministros europeus do Exterior haviam decidido suspender provisoriamente as negociações com o Kremlin sobre a facilitação de vistos para russos na UE e sobre um acordo de parceria.
Os chefes de diplomacia europeus fizeram questão de enfatizar que o bloco considera o referendo ilegítimo e irrelevante. A lista de candidatos a sanções originalmente proposta pela alta representante da UE para política externa, Catherine Ashton, continha cem nomes. “Não podemos ficar sentados sem fazer nada”, declarou, ao abrir a conferência. Portanto, afirmou, cabia enviar a Moscou “o sinal mais forte possível”.
O ministro luxemburguês do Exterior, Jean Asselborn, ressalvou que, embora não se fosse “abençoar algo que nasceu ilegal”, nem as mais fortes sanções poderiam mais forçar Moscou a se retirar da península. “Ninguém no mundo quer intervir militarmente, por isso é preciso reconhecer o que aconteceu, em termos de real-política, e dizer ‘basta’.” No momento, Asselborn também ocupa a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Steinmeier denunciou a “apropriação” da Crimeia como violação do direito internacional, e mostrou-se abalado com a veloz e dramática escalada dessa nova confrontação Leste-Oeste.
Fonte: tribunadonorte.com.br