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Obama adia reformas na lei da imigração para depois das eleições intermediárias
Agência de Noticias Internacionais
Presidente dos EUA tinha prometido agir sozinho para contornar o bloqueio no Congresso, mas recuou devido ao receio de que o Partido Democrata perca a maioria no Senado.
O Presidente dos Estados Unidos voltou atrás na sua decisão de forçar a reforma da lei da imigração até ao fim do Verão, com receio de que o Partido Democrata seja penalizado nas eleições de Novembro.
Em Junho, no auge de uma luta feroz entre republicanos e democratas no Congresso que tem impossibilitado qualquer reforma da lei da imigração, Barack Obama anunciou que iria usar os seus poderes executivos até ao fim do Verão para contornar esse bloqueio.
“Hoje dei início a um novo esforço para consertar o máximo que puder no nosso sistema de imigração sem o Congresso (…). Se o Congresso não fizer o seu trabalho, pelo menos nós podemos fazer o nosso. Espero receber recomendações antes do final do Verão e pretendo implementar essas alterações sem mais adiamentos”, afirmou Obama em finais de Junho, nos jardins da Casa Branca, ao lado do vice-presidente, Joe Biden.
Neste sábado, o Presidente dos Estados Unidos decidiu empurrar a linha vermelha que tinha traçado em Junho para depois das eleições intercalares, que vão decorrer em Novembro. Não há uma data certa, mas o The New York Times diz que será “até ao fim do ano”, de acordo com um responsável da Casa Branca que o jornal não identifica.
A reforma da imigração proposta por Barack Obama – uma promessa que já vem dos tempos da sua primeira candidatura, em 2008 – tem como principal objectivo legalizar a situação de milhões de pessoas que vivem e trabalham há décadas nos Estados Unidos e que nunca tiveram problemas com as autoridades. Estima-se que pelo menos 11 milhões de pessoas enfrentam actualmente o risco de serem deportadas, apesar de estarem completamente integradas na sociedade norte-americana.
Os conselheiros de Barack Obama citados pelo The New York Times dizem que o adiamento da promessa do Presidente irá permitir que as alterações sejam mais profundas e definitivas, algo que poderia não acontecer se Obama forçasse a reforma antes das eleições para o Senado e para a Câmara dos Representantes.
“Por causa da extrema politização deste assunto por parte dos republicanos, o Presidente acredita que seria prejudicial para a própria política e para as perspectivas a longo prazo de uma reforma abrangente da imigração anunciar uma acção administrativa antes das eleições”, cita o The New York Times.
O receio da Casa Branca é que o Partido Democrata perca a maioria no Senado, o que tornaria algo que já é difícil num objectivo impossível de alcançar – os republicanos estão em maioria na Câmara dos Representantes e acusam Obama de abusar dos seus poderes presidenciais, colando a sua imagem à de uma “presidência imperialista”.
Mas o que a Casa Branca vê como uma estratégia que vai beneficiar a longo prazo os imigrantes nos Estados Unidos, várias associações vêem como uma jogada política calculista de curto prazo.
“Estamos muito desapontados com o Presidente e com os membros do Partido Democrata no Senado. Não fomos nós, os activistas, que fizemos promessas de reformas; apenas cometemos o erro de acreditar nelas. O Presidente e os democratas do Senado preferiram a política às pessoas; o statu quo à resolução de problemas reais”, escreveu Frank Sharry, fundador e director executivo da associação America’s Voice.
A responsável pela organização United We Dream, Cristina Jimenez, disse que “a última promessa não cumprida do Presidente é mais uma bofetada na cara da comunidade latina e imigrante”.
O número de deportações aumentou substancialmente após a chegada de Barack Obama à Casa Branca, em 2008, mas a tendência começou em 1996, com a aprovação de uma reforma que deu mais poderes às autoridades para deportarem imigrantes sem terem de passar pelo sistema judicial.
O Presidente dos EUA diz que só é possível travar a deportação de milhões de pessoas com uma grande reforma da lei da imigração. Um contador publicado no site da organização United We Dream indica que desde a eleição de Barack Obama, em 2008, já foram deportados mais de dois milhões de “mães, pais, vizinhos e amigos”.