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O vinho do Thanksgiving
NOV/2016 – pág. 30
Com a chegada do outono, iniciam-se as festividades de fim de ano e, com elas, os sabores típicos da temporada. Na 4ª quinta-feira de novembro, comemora-se, nos Estados Unidos, o Dia de Ação de Graças (Thanksgiving). Uma semana antes, na 3ª quinta-feira de novembro, na região de Beaujolais – na França – a safra anual do vinho Beaujolais Nouveau (bê-jou-lé nu-vô) é lançada. Localizada no sul da Borgonha, a região de Beaujolais é melhor conhecida por produzir a uva Gamay (gá-mé), normalmente utilizada como uva de corte para outros vinhos e que muito se assemelha às características do Pinot Noir (pí -nô noá).
Nos idos da década de 30, para comemorar o fim da colheita de cada ano (e também para se “livrar” do excesso de uva), começou-se a produzir o “novo” Beaujolais. “Novo” por duas principais razões: primeiro porque trata-se de um vinho jovem, feito para consumo imediato – sua fermentação não dura mais do que alguns dias e sem envelhecimento -; e segundo porque esse não é o único vinho da região feito 100% de Gamay e não deveria ser confundido com o Beaujolais, Beaujolais Village ou Beaujolais Cru.
A chegada do Beaujolais Nouveau tornou-se uma tradição no mundo enológico, e apreciadores de vinho dos quatro cantos do mundo, ano após ano, aguardam ansiosamente pelo seu lançamento: não por se tratar de um vinho imperdível – e não é mesmo, muitos o consideram um fiel exemplar do conceito de “enomarketing”. Entretanto, é um vinho “celebratório”, representante de sentimentos como gratidão e prosperidade.
Tecnicalidades (mas sem chatices): o Beaujolais Nouveau apresenta coloração vibrante, com tons de rubi e grená – ou melhor dizendo, ele tem a famosa “cor de vinho”. Com aromas muito expressivos, de frutas maduras tropicais, como banana (sério, banana), e todos seus derivados: mariola, compotas etc. Seu inconfundível sabor confirma que se trata de um vinho jovem, com nuances vivas de frutas vermelhas maduras, como morangos e framboesas. Por ser um vinho novo, ele tem taninos leves e acidez alta – e, por isso, entenda-se aquele vinho que nos faz salivar mais do que o normal, estilo Sour Patch Kids e outras balinhas “azedinho-doce”. Claro que essa sensação não é tão acentuada, mas é exatamente essa característica que o torna um vinho de consumo imediato – não pense em guardar uma garrafa de Beaujolais Nouveau por muito tempo, nem comprar um exemplar de safras anteriores.
Com relação à proximidade das datas: o período ideal para o consumo de um Beaujolais Nouveau é exatamente entre o Thanksgiving e o Natal. Ele harmoniza bem com perus assados e os acompanhamentos típicos das ceias, como caçarolas de vagem, pratos de batata-doce, molhos de cranberry e outras comidas do gênero, com sabores suaves e herbáceos. O baixo teor alcoólico e acidez desse vinho o torna par ideal para proteínas e carboidratos pouco gordurosos e pouco fibrosos.
Enfim, o Beaujolais Nouveau é o famoso vinho “fácil” de tomar e que, além de tudo, tem um excelente custo-benefício: o preço da garrafa de um George Duboeuf, um dos produtores mais conhecidos no mundo, gira em torno de $10 dólares, e é facilmente encontrado em lojas especializadas, supermercados e até farmácias. Divirta-se com os rótulos, que mudam todo ano, e não se preocupe com cuidados especiais – só deixe a garrafa 15 minutinhos na geladeira e sirva em taças de cristal ou copos de plástico descartáveis – afinal, esse é um vinho descomplicado. Cheers!
Daniela e Conrado Ventura
Sommeliers certificados pela United States Sommelier Association.
E-mail: venturauncorked@gmail.com
Site: www.uncorkedimage.blogspot.com