JUL/12 – pág. 60
Joana e Maria Luísa, mãe e filha, viviam em uma pequena cidade ao sul de algum lugar. Joana fazia pães em casa e Maria Luísa entregava as encomendas e sempre ganhava uma gorjetinha. Toda moeda era guardada no porquinho rosa.
Um dia, elas foram entregar pães na loja da dona Sílvia, era uma boutique, segundo Joana, “muito chique”. Foi lá que Joana viu um par de brincos e se encantou. Toda vez que passavam pela loja, ela parava e admirava os brincos.
Maria Luísa perguntou:- Mãe, você vai comprar?
– Hoje não, minha querida, talvez outro dia.
Por vários dias e várias semanas, Joana olhava os brincos, mas não comprava.
Até que chegou o aniversário de Joana. Maria Luísa pegou o porquinho rosa e foi até a boutique.
– Hoje é aniversário da minha mãe e eu acho que ela ficará muito feliz com o brinco de pedra azul, posso ver dona Sílvia?
– Pode sim, aqui está, veja que lindos!
– E quanto custa, dona Sílvia?
– Bem, vejamos… quanto você tem no seu cofrinho? Dona Sílvia examinou o conteúdo do cofrinho e disse: – O que você tem aqui é o suficiente, vou embrulhar os brincos, OK?
No dia seguinte, Joana foi até a loja para devolver os brincos, pois sabia que a filha não tinha dinheiro para pagar aquela joia.
– Dona Sílvia, quanto custou este par de brincos?
– Bem Joana, isto é um segredo meu e de minha cliente, não fica bem eu revelar o valor de um presente!
– D. Sílvia, eu vim devolver os brincos.
– Não Joana, você não vai devolver o presente que sua filha lhe deu, pois para presenteá-la, ela entregou tudo o que tinha. E tenha a certeza de que foi o suficiente.
“Então, minha gente, antes de criticar alguém, é bom lembrar que cada um dá o que tem e que recebemos o que achamos que merecemos.”
Um abraço!