O rádio em apoio à comunidade em Boston

O rádio em apoio à comunidade em Boston

Edição de abril/2017 – pág. 18

O radialista Beto Moraes comanda diariamente na Rádio 1360-AM de Boston o “Jornal das Oito” – às 8h AM -, com informações de utilidade pública à Comunidade Brasileira em Massachusetts. Às 11 horas ele volta aos microfones da emissora para apresentar o “Programa Beto Moraes”, há mais de trinta anos no ar, com um jornalismo preciso, alertando e orientando os emigrantes sobre os acontecimentos no dia a dia. “O brasileiro em Boston trabalha muito. É um trabalho pesado, na construção civil, nos serviços de limpeza, enfim, uma realidade bem diferente dos brasileiros que residem em Orlando, por exemplo”, comenta o radialista. “O meu trabalho é em função dessa gente, principalmente em tempos difíceis com Donald Trump na presidência dos Estados Unidos”.

“O trabalhador brasileiro em Boston que não tem documentos, está com medo. Há um clima de apreensão na cidade e os restaurantes estão vazios porque ninguém quase sai de casa, temendo abordagem da polícia de imigração – ICE. Todos sabem que o quartel-general do ICE fica em Boston, então é tudo muito difícil, pois qualquer Blitz que ocorra, todos imaginam que seja a imigração”, relata Beto. “O rádio tem a função de orientar as pessoas e isso eu tenho feito diariamente em meus programas. Precisamos estar atentos, evitando ciladas que possam comprometer a vida do indocumentado”, reforça.


______continua após a publicidade_______

seguro


Segundo Beto Moraes, a Blitz acontece às sextas-feiras em Boston, portanto, “informo aos meus ouvintes sobre o local onde ocorrerá a Blitz e peço a eles que não bebam, que não ultrapassem os limites de velocidade e que verifiquem as lanternas do seu carro, evitando a abordagem da polícia. Evitar problemas é um dever de todos. E é o que eu sempre tenho dito: se um disco voador pousar na Times Square, em Nova York, as notícias vão correr, agora, se um disco voador sequestrar um imigrante, vão falar muito, esgotar o assunto. O imigrante precisa estar bem informado”, relata. “Eu tenho trinta mil ouvintes por hora”.

Defendendo o lema de que “a notícia é como água. Tem de saber a fonte para não tomar água contaminada”, Beto Moraes vem trabalhando com afinco, apurando os fatos no dia a dia. Ele reside nos Estados Unidos desde 1999, quando chegou ao país – em Nova York – como correspondente do “Jornal do Brasil”, no Rio de Janeiro. “Eu estava em Nova York, mas tudo acontecia em Boston quando acabei me mudando para lá. Depois fui trabalhar para o Estadão, onde fiquei até 2015. Hoje sou freelance e envio algumas matérias para o jornal. Tenho o meu Portal de Notícias em Boston, que é comandado por minha esposa, Helen. O rádio tem sido o porta-voz da a comunidade em Boston”, finaliza o radialista.



____________________publicidade___________________

seguro

anuncie