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O que aprendemos com a tragédia
JUN/16 – pág. 03
Nem é preciso ressaltar o quanto a cidade de Orlando mostrou-se consternada com as tragédias que marcaram os quatro dias fatídicos na terra da Magia – 10 a 14 de junho. A anfitriã do sonho, que diariamente recebe turistas de várias partes do mundo, atraídos pela sua diversão e beleza, fez um minuto de silencio, na prece em memória das vítimas que deixaram o nosso convívio, sem direito a despedidas, de dizer o quanto é importante viver ao lado das pessoas que amamos. Pode parecer um duro golpe de conformismo, mas aprendemos com a fatalidade. A tragédia é o antídoto que une pessoas, pois a solidariedade rompe paradigmas, e nos ensina – à duras penas -, o quanto precisamos uns dos outros. Somos coniventes na vida, até mesmo no simples olhar, no sorriso quando no cumprimento pela manhã ou no abraço fraterno que conforta e consola o frágil. Somos humanos! A referência de Deus em semelhança e busca pelo o que almejamos – “lute e conquiste”-, segundo ensinamentos do Pai celestial. Porque viver é respeitar as divergências, entender o quanto é necessário ter cumplicidade, como um bom Samaritano.
E mesmo na dor, a cidade está de mãos dadas. É à força de células unificadas, formando a corrente de amor e, só assim – todos integrados -, é possível diluir as marcas das atrocidades, deixadas pelo ser sombrio, covardemente armado, que provocou um levante na madrugada, espalhando seu ódio contra aqueles que buscavam descontração, em um reduto de música e sorrisos, exatamente onde era possível despojar-se de rótulos impostos por um mundo sobrecarregado de preconceitos. E, ali, encurralados pela fúria, tiveram os seus sonhos interrompidos. Projetos que se diluíram entre gritos, sangue e rajadas. Mas ainda resta-nos a esperança de dizer às novas gerações que compreendam o semelhante. Entendê-los, mesmo quando gestos e pensamentos não condizem com o que acreditamos ser verdade absoluta. Não podemos crer no absolutismo. Cada qual tem a sua conduta – desde que voltada para o bem -, perfeitamente aceitável, o livre arbítrio.
Não devemos desistir, jamais. O fluxo da vida exige fortes combatentes. Compete a cada cidadão o dever de prosseguir com fé e perseverança. A vida continua e a força do dia seguinte nos impulsiona a ser pessoas muito melhores. E testemunhar as catástrofes na era da mecanização e da desumanização, é um pretexto primordial para desvencilharmos das ciladas que nos empurra para o abismo da individualidade. Caminhar com determinação é um grande feito para o crescimento, avivamento no convívio social. Aprendemos com a tragédia e saímos ilesos dessa desagradável experiência, a falência de valores, norteada pela arrogância dos que ainda não se deram conta de somos todos idênticos. Não duvide disso!
Evidente, os desastres jamais serão apagados da memória, mas que isso nos sirva de alerta e precaução. A bússola do refazimento. O lema, “Orlando Strong”, “Orlando United”, “Love Orlando” acendeu as chamas da benevolência ao próximo, seja quem for, a que religião pertença. Orlando mantém-se unida, denotando que harmonia transcende inconvenientes, mesmo perante a fatalidade.
Walther Alvarenga