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O paralítico de Cafarnaum
JAN/15 – pág. 52
“Eu te digo: levanta-te, apanha a tua maca e vai para a tua casa” (Marcos, 2:11)
No Evangelho de Marcos, encontramos a passagem da cura de um paralítico que foi levado a Jesus numa maca. Mas como havia muita gente à porta da casa impedindo a passagem, fizeram um buraco no telhado e desceram a maca com o paralítico bem em frente onde estava o Mestre. Jesus vendo a fé que tinham disse ao paralítico: “Levanta-te, apanha a tua maca e vai para tua casa”. Esta passagem simboliza bem o encontro do ser humano com o Cristo. A pouca evolução espiritual, o fato de ainda não conhecer quem é, o desconhecimento das potencialidades do Espírito, simboliza a paralisia que imobiliza a alma e torna a criatura enferma e distanciada da luz. O homem ainda se acha moralmente atrofiado, por isso não consegue andar. Paralítico, permanece preso às convenções humanas, a interesses transitórios. Seu Espírito jaz no leito da acomodação, ainda não desperto para o seu legítimo interesse, que é sua própria evolução, o despertamento para as realidades da vida maior. Fica nesta situação, enquanto não despertar, não alimentar propósitos de renovação. Um dia toma conhecimento de algo diferente, e cansado das rotinas escravizantes, deseja mudar. É quando procura Jesus. Mas como chegar até Ele? Como levantar-se e andar, vencendo a distância, isto é, suas limitações, os hábitos contrários ao ideal superior? Se os anseios de libertação forem sinceros, a Misericórdia Divina coloca nos passos desse ser humano pessoas que lhe mostrarão o caminho e irão ajudá-lo. São os quatro da passagem evangélica que se prontificaram a carrega-lo. “Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece”. Quando a pessoa se decide, quando sabe o que quer, o amparo espiritual vem em seu auxílio e ela conseguirá realizar a trajetória. Quando a pessoa fala, apenas “da boca para fora”, ainda não está pronta. É que ela mesma ainda não se decidiu a resolver seu problema, pela autoeducação, pelo trabalho no bem, doando-se em favor de um ideal nobre.
Quando alguém pretende ir ao encontro do Cristo, dificuldades, tropeços e obstáculos surgem a sua frente. Na passagem citada de início, fala que “a multidão bloqueava a porta”. É a multidão dos erros, a sementeira do passado, que cria tal dificuldade. Vale considerar que na busca do despertamento espiritual, o ser depara com dificuldades internas e externas. As internas são o degrau evolutivo, os conteúdos da individualidade ainda não receptiva ao amor. O egoísmo, o orgulho, as inferioridades, enfim, constituem sério obstáculo. É preciso dedicação, perseverança, vontade firme para realizar a transformação.
Quando alguém quer ir a Jesus começa a perceber o quanto é difícil. “Não posso deixar isso ou aquilo”. Não consigo, não tenho forças, etc. É a multidão que bloqueava a porta. Mas é preciso encontrar o caminho. Abrir o telhado da própria alma. Quebrar o telhado do egoísmo, do orgulho, dos vícios, e deixar que a luz do Mais Alto desfaça as sombras. Quebradas as resistências inferiores, O encontramos. Os quatro homens que conduziram o paralítico escalaram a casa, furaram um buraco no telhado e desceram o necessitado, na maca, diante de Jesus. São estratégias que a criatura tem que usar para superar as dificuldades e se aproximar da luz. O trabalho no bem, o desejo sincero, o estudo, a meditação, nos levam a encontrar o caminho. É como a experiência daquele homem que procurava Deus, há muito tempo, e não O Encontrava. Procurou nas religiões, na filosofia, junto aos iniciados, sem resultado. Aí percebeu que seu próximo sofria e que ele podia cuidar dele. Cuidando do próximo, encontrou a si mesmo, e encontrou Deus. O importante é chegar. Jesus afirma ao paralítico: “Levanta”, isto é, desperta, movimenta-te. “Toma teu leito e anda”. O leito é a bagagem dele; seus conhecimentos, experiências, também suas limitações, suas dificuldades. É o mesmo que dizer: caminha no teu degrau evolutivo. “Porque teus pecados foram perdoados”. De notar que o perdão proporcionado por Jesus não tem o sentido de solução definitiva dos problemas. Não significa apagar o passado, mas sim a oportunidade de renovação, de trabalho, de evolução. Se ele deve “pegar o leito e andar”, significa que deverá continuar o processo evolutivo, realizando o desenvolvimento de suas potencialidades espirituais, em busca da perfeição – meta de todos nós.
José Argemiro da Silveira
Autor do livro: Luzes do
Evangelho, Edições USE