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O juízo temerário
Mateus 7:1-2; Capítulo Segundo o Espiritismo Cap 10 – item 11
Edição de agosto/2019 – p. 26
O juízo temerário
“1 Não julgueis pra que não sejais julgados, 2 porque com o juízo com que julgardes sereis julgados e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”. (Mt 7:1-2).
“NÃO JULGUEIS” – Julgar – decidir como juiz ou como árbitro. Jesus proíbe o julgamento, porque desconhecemos o fato sob todos os seus ângulos e, inclusive, as razões íntimas que levam a criatura a proceder deste ou daquele modo. No que ela se apresenta mais evoluída do que nós, corremos o risco de não a compreender. No que deixa a desejar, pode empenhar-se a fundo, dar tudo que tem condições, entretanto, seu esforço nos parece insignificante. Cremos haver carência de boa vontade.
Aquele que, pelas funções profissionais é obrigado a julgar, deve fazê-lo com a imparcialidade ao seu alcance, de tal modo que conserve a consciência em paz, não vindo, assim, a padecer de insônia.
“PARA QUE NÃO SEJAIS JULGADO” – O Nazareno nos induz a não julgar. Como Mestre por excelência, expôs o motivo pelo qual devemos proceder deste modo. Lembra a lei de causa e efeito, segundo a qual do que damos recebemos; como agimos os outros procedem conosco. Forçoso recordar também que todos temos nossos erros. Basta que a própria consciência nos fale deles, nos advirta. Tal pronunciamento será sempre de acordo com a nossa evolução. Cabe aqui a transcrição de João, com relação à mulher adúltera: “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (Jo 8:7), e “Quando ouviram isto, saíram um a um a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio” (Jo 8:9). Paulo escreve:
“Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo”. (Romanos 2:1). Tiago por sua vez esclarece: “Há um só legislador e um juiz que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és que julgas a outrem?” (Tiago 4:12).
“Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”. (Mt 7:2).
“PORQUE” – Jesus proporciona o ensinamento e o justifica. E o faz de modo tão explicito que não há como questioná-lo.
“COM O JUÍZO” – Juízo – ato de julgar; conceito; opinião. Não devemos julgar. Se, por força das circunstâncias, formos levados a opinar sobre alguém, devemos agir com justiça e caridade. Muitas vezes, embora nos pareça errada, a criatura deu o melhor segundo a sua evolução. Nós, em seu lugar e com a sua compreensão, talvez, nem isso fizéssemos.
“QUE JULGARDES” – Não nos encontramos no mundo pra julgar o semelhante. Como temos a tendência de emitir pareceres, mesmo quando inoportunos e dispensáveis, procuremos o lado bom de cada um, para o apresentarmos como compensação, lembrando sempre que o nosso proceder (ação) estabelece uma consequência (reação). Com isso, não podemos nos esquecer da Lei de Evolução, isto é, que cada espírito traz a sua bagagem e se encontra a caminho da perfeição.
“SEREIS JULGADOS” – A vida é assim: do que damos, recebemos. Se não for nesta será numa próxima existência. E não podemos admitir que é Deus quem nos pune. Ele não castiga nem recompensa ninguém. A Lei de causa e efeito (estabelecida pela Divindade) é que atua, nos enquadrando de conformidade com nossa conduta.
“E COM A MEDIDA” – Medida – “grandeza determinada que serve de padrão para comparação e a avaliação de outras grandezas”. No caso, adotamos como padrão a nossa condição. E isso não dá.
Os dedos da nossa mão são diferentes… As pessoas também o são.
“COM QUE TIVERDES MEDIDO” – Revelando as faltas alheias, estamos assegurando para nós um tratamento semelhante. Aliás, os amigos espirituais procedem assim conosco. Reincidimos nos mesmos erros, eles, porém, continuam aí, perseverantes na ajuda e confiantes na nossa renovação.
Entendem e têm fé, por isso não se desanimam.
“VOS HÃO DE MEDIR A VÓS” – O processo é inevitável. E atinge a todos, sem exceção. Para sermos condescendentes com o próximo, não será difícil, se nos lembrarmos que ele é nosso irmão e que, como Filho de Deus, apresenta numerosos fatores positivos. Basta possuirmos olhos para vê-los.
No sermão do Monte, Jesus ensinou: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”. (Mt 5:8). Importa limparmos o nosso coração, o nosso sentimento e, a partir de então, começaremos a ver a Deus, isto é, as suas manifestações em toda a criação e, principalmente, é claro, na criatura. Com isso, estaremos fazendo uso da vacina com vistas a nos imunizar do julgamento.
Terminemos citando Emmanuel: “Se conseguimos discernir o bem do mal, é que já conhecemos o mal e o bem, e se o Senhor nos permite identificar as necessidades alheias, é porque, de um modo ou de outro, já podemos auxiliar”.
Nota: Vide livro Palavras de Vida Eterna, capítulo 179.