O Brasil reforça segurança para as Olimpíadas no Rio

O Brasil reforça segurança para as Olimpíadas no Rio

Cinco bilhões de pessoas acompanharão os jogos a partir de cinco de agosto. Ministério da Defesa, da Justiça e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) se articulam e colocam em prática a ação integrada de 85 mil pessoas para garantir segurança pública e se precaver de possíveis ataques terroristas

Sérgio Etchegoyen
Sérgio Etchegoyen

Em precaução a possíveis atentados terroristas durante a realização dos jogos pelas “Olimpíadas – 2016”, – que receberá atletas de 206 países -, o esquema de segurança no Rio de Janeiro foi redobrado, segundo anunciou ministro-chefe do gabinete de segurança institucional, general Sérgio Etchegoyen. Ministério da Defesa, da Justiça e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) se articulam e vão colocar em prática a ação integrada de 85 mil pessoas trabalhando em conjunto para garantir segurança pública, ordenamento urbano e afastar qualquer ameaça nas cidades que receberão as competições. O governo federal investiu R$ 1,170 bilhão na segurança do evento – os Jogos devem custar R$ 36,7 bilhões -, além dos outros R$ 350 milhões que estão sendo investidos pelo Comitê Rio 2016. Os três eixos (segurança pública, defesa e inteligência) da ação integrada começaram a se organizar ainda em 2007, quando o Brasil recebeu os “Jogos Pan Americanos”. Desde então, o país vem adquirindo expertise na segurança para grandes eventos. Já o presidente em exercício, Michel Temer, em visita as instalações do Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio se encontrou pessoalmente o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach e mostrou-se satisfeito com os resultados das obras.

O secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame afirmou que o esquema de segurança para os Jogos Olímpicos será o maior da história do país. E entre as ações, foi à criação do “Centro Integrado de Enfrentamento ao Terrorismo (CIET)”. Beltrame e o general Luiz Felipe Linhares, assessor especial para grandes eventos do Ministério Defesa, entre outras autoridades, conversaram com jornalistas para falar sobre a segurança das Olimpíadas. “Será a maior operação de segurança que o Rio já teve, o maior esquema jamais visto na história do país”, disse o secretário. A experiência com a “Copa das Confederações”, a “Jornada Mundial da Juventude”, a visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro (2013) e a “Copa do Mundo” de 2014 faz o general Luiz Felipe, acreditar que o esquema preparado para os Jogos dará certo. “Nós vamos atuar todos juntos. É uma integração desses três eixos que vai possibilitar o nosso cumprimento da promessa de candidatura, que é um ambiente seguro e pacífico para os jogos. Nesse Pese (Programa Estratégico de Sistemas Espaciais), consta uma série de atividades que são exclusivas da Defesa, outras atividades são exclusivas da Segurança Pública e outras da Inteligência. Mas existem algumas outras que são resultados da integração”, afirma.

O presidente em exercício, Michel Temer, durante visita as instalações do Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio se encontrou pessoalmente o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach. Temer afirmou que sentiu entusiasmo ao visualizar as obras feitas no Parque Olímpico em beneficio do Rio de Janeiro e do Brasil. “Cinco bilhões de pessoas acompanharão os jogos com os olhos voltados para o País”, disse o presidente. Ele ressaltou também que não tem “objeção” à presença de Dilma Rousseff nos Jogos. “Isto é da organização da Olimpíada. Não é de hoje que falo em pacificar o país. O que nós não podemos ter é brasileiros disputando com brasileiros, aliás isto foge a tradição sentimental do nosso povo. As olimpíadas revelarão precisamente esta possibilidade de reunificação do pensamento nacional. Para mim tanto faz (a presença de Dilma). Não tenho nenhuma objeção”, afirmou.


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E devido ao atentado de Nice, na França – que resultou na morte de 84 pessoas -, o governo brasileiro decidiu revisar o esquema de segurança na Olimpíada. O plano de segurança vem sendo revisado para identificação de eventuais falhas e lacunas que precisem ser corrigidas. E para garantir a integridade dos atletas, turistas e da população das cidades que vão receber as competições, Ministério da Defesa, da Justiça e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) se articulam e vão colocar em prática a ação integrada contando com 85 mil homens. Destes, 47 mil fazem parte do aparato segurança pública, defesa civil e ordenamento urbano e 38 mil das Forças Armadas.

José Mariano Beltrame
José Mariano Beltrame

Barreiras e postos de verificação

O ministro pediu a compreensão e o apoio da população porque provavelmente o número de barreiras, de postos de verificação e de ruas interditadas pode aumentar. Falou que a população e quem vier assistir a Olimpíada têm que estar preparados para trocar conforto por segurança. O governo brasileiro acionou representantes do governo Francês em busca de informações sobre o ocorreu em Nice.

O diretor de segurança do “Comitê Rio 2016”, Luiz Fernando Correa, destacou que a segurança interna de todas das 33 instalações de competição dos Jogos ficará a cargo das forças de segurança do governo. E que caberá aos seis mil agentes privados do comitê cuidar dessas instalações antes do evento e de outras 87 instalações relacionadas às Olimpíadas e complementar o trabalho dos agentes públicos de segurança. O oficial de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura contou que desde que o Rio foi escolhido para sediar os Jogos, estão sendo preparados relatórios para checar instalações, hospedagem, centros de treinamento e feitas avaliações de risco inclusive do tour da Tocha Olímpica. E que até o momento não foi levantado nenhum indicativo de terrorismo. “O Brasil, tradicionalmente, não é alvo de atos terroristas. Mas será palco de um grande evento e precisa estar preparado”, enfatizou Moura.

Segurança nos aeroportos

Com a chegada das Olimpíadas 2016, a segurança nos aeroportos do Brasil se intensificaram, em voos domésticos e voos internacionais. A partir de cinco de agosto, deve movimentar nos aeroportos brasileiros mais de 1 milhão de pessoas, incluindo atletas de 206 países, de acordo com a Secretaria de Aviação Civil (SAC). A maioria desses passageiros deve usar os aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim, o Galeão. Por isso, a estrutura deles vem sendo melhoradas nos últimos anos com investimentos superiores a R$ 2 bilhões, entre recursos públicos e privados. No Santos Dumont, a Infraero concluiu em fevereiro o aporte de R$ 81 milhões em reformas. Do total investido pela estatal do governo federal, a maior parte foi em segurança, com R$ 46,5 milhões aplicados na modernização dos 75,3 mil metros quadrados (m²) do pátio de aeronaves, com novo sistema de drenagem e pavimento mais resistente.

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo terá um esquema especial de recepção e de segurança montados para a Olimpíada. De acordo com a GRU Airport, que administra o aeroporto, apesar da capital paulista sediar apenas algumas partidas de futebol do evento, cerca de 40% dos mais de 15 mil atletas que disputarão os jogos no Rio de Janeiro devem fazer conexão no terminal. Também nos voos domésticos a segurança for reforçada.



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