Nova York cobrará pedágio em áreas de congestionamento no centro de Manhattan

Pedágio na área central de Manhattan vai pesar no bolso dos motoristas com a nova medida de Nova York

Os preços do pedágio em área central de Manhattan serão de US$ 9 a US$ 23, durante o horário de pico, e deve entrar em vigor na próxima primavera. O governo federal deve aprovar a medida

Da Redação – O governo de Joe Biden deverá autorizar a cobrança de pedágios de veículos que entrarem em Lower Manhattan – já há cobranças de pedágios nos acessos à cidade de Nova York –, a partir de um debate público que ocorreu na segunda-feira (12). Na prática, funciona como qualquer outro pedágio, mas como cobra especificamente das pessoas que dirigem na área de tráfego intenso abaixo da 60 Street, em Manhattan.

Os preços do pedágio variam de US$ 9 a US$ 23, durante o horário de pico, e deve entrar em vigor na próxima primavera. O plano foi adiado por anos, mas atingiu um marco no mês passado, quando a “Federal Highway Administration” assinou a liberação de uma avaliação ambiental. O governo federal deve aprová-lo logo depois.


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Ainda se recuperando do impacto da pandemia da Covid 19, os defensores da cobrança de pedágios dizem que é forma da recuperação da cidade e uma maneira de elaborar projetos para o futuro. Para a governadora do Estado, Kathy Hochul, o programa é fundamental para o sucesso de longo prazo da cidade de Nova York.

E mesmo com o apoio de vários prefeitos e governadores, os proprietários de carros e caminhões nos bairros periféricos e nos subúrbios se mostram contrários a propostas de cobranças de pedágio.

No entanto, todos os dias, 700.000 carros, táxis e caminhões chegam a Lower Manhattan, uma das áreas mais movimentadas do mundo, com alguns dos piores engarrafamentos dos EUA.

O pedágio é projetado para reduzir o número de veículos que entram na zona de congestionamento em pelo menos 10% todos os dias e reduzir o número de milhas que os carros viajam dentro da zona em 5%.

O congestionamento também traz custos físicos e sociais: mais acidentes, emissões de carbono e poluição acontecem à medida que carros buzinando ocupam espaço que poderia ser otimizado para pedestres e refeições ao ar livre.

Os proponentes também observam que isso melhorará o transporte público, uma parte essencial da vida de Nova York. Cerca de 75% das viagens ao centro da cidade são feitas por transporte público.

As melhorias, como novos vagões de metrô e sinais elétricos, são cruciais para atrair novos passageiros e melhorar a velocidade e a acessibilidade –especialmente para moradores de baixa renda e minorias, que têm menos probabilidade de possuir carros, dizem os defensores do plano.

A cidade de Nova York é “dependente do transporte público”, disse Kate Slevin, vice-presidente executiva da Regional Plan Association, um grupo de planejamento e políticas urbanas.

“Contamos com essa receita para pagar as atualizações e os investimentos necessários que garantem um serviço de trânsito confiável e bom.”

Se for bem-sucedido, o preço do congestionamento pode ser um modelo para outras cidades dos EUA, que estão tentando se recuperar da pandemia e enfrentam desafios semelhantes de mudança climática e infraestrutura pública envelhecida.



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