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Nossa língua portuguesa
JUL/2016 – pág. 35
Na língua portuguesa temos algumas palavras intraduzíveis, saudade é uma delas e “meia” também.
Bem, agora você deve estar pensando: “mas, ‘meia’ tem tradução em todas as línguas!” Leia o relato abaixo e ai então, eu acho que você irá concordar comigo.
Meia, meia e…meia!
A recepcionista de um salão de convenções em Fortaleza recebe com um largo sorriso um simpático moçambicano. Vejam que interessante diálogo acontece:
– Muito boa tarde senhorita! Gostaria de confirmar minha inscrição para o Congresso de odontologia.
Em resposta ouve: – Boa tarde! Pelo seu sotaque vejo que não é brasileiro! O senhor é de onde?
– Sou de Moçambique.
– Ah sim, da África, né?
– Sim, sim, da África.
– Veja aqui senhor – diz a recepcionista mostrando a ele um folder – tem uma palestra agora na sala “meia oito”, logo ali ! Quer ir?
– Me desculpe senhorita, qual sala?
– “Meia oito”.
– Podes escrever?
– Não sabe o que é meia oito, veja, é assim: 68!
– Ah ! Compreendi! “Meia” é seis?
– Isto mesmo, “meia” é seis, mas, espere, não vá embora, tenho mais uma informação, a organização do congresso está cobrando uma taxa referente ao material.
– Quanto tem que ser pago?
– Dez reais, mas estrangeiros e estudantes pagam “meia”.
– Hmmm, que bom! Cá está, “seis reais”.
– Não, o senhor paga “meia”, só “cinco”, entende?
Intrigado ele diz: – pago “ meia”, sei, sei… Então “meia” é cinco?
– Isto mesmo senhor, “meia” é cinco! Ah, cuidado para não se atrasar, a palestra começa às duas e meia.
– Então já começou há quinze minutos, pois são duas e vinte!
– Não senhor, ainda faltam dez minutos, como falei, só começa às duas e meia.
Meio confuso o moçambicano diz: – pensei que fosse às 2:05, pois “meia” não é cinco? Você pode escrever aqui a hora que começa?
– Posso sim, duas e meia, assim, veja: 2:30.
– Ah entendi, “meia” é trinta!
– Isso mesmo, duas e trinta. Mais uma coisa senhor, tenho aqui um anúncio de um hotel que faz um preço especial para os congressistas, o senhor já está hospedado?
– Já estou na casa de um amigo, no bairro Trinta Bocas.
– Trinta Bocas? Mas não existe este bairro aqui em Fortaleza, por acaso não seria no “Seis Bocas”?
– Pois é isso mesmo, no bairro “Meia Boca”.
– Senhor, não é meia boca, é um bairro nobre!
– Ah! Então deve ser “cinco” bocas.
– Não senhor, “Seis Bocas”, entende, “Seis Bocas”! É assim chamado porque há um encontro de seis ruas, por isso seis bocas, entendeu?
– Pois eu acho que não muito bem. Acabou senhorita?
– Tem mais uma coisa senhor, infelizmente devo informá-lo de que é proibido entrar no evento de sandálias, por favor coloque uma meia e um sapato…
– Senhorita, por acaso estas a brincar comigo?
Madu Caetano