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Nesta quarta (4), senado americano deve votar intervenção militar na Síria
John Kerry e Chuck Hagel prestaram depoimento por mais de quatro horas para convencer os senadores a apoiarem uma ação militar na Síria.
A Comissão de Relações Exteriores do Senado americano deve votar nesta quarta-feira (04) a resolução que autoriza a intervenção militar na Síria. O texto prevê uma ação limitada a no máximo 90 dias. E proíbe qualquer operação por terra. Líderes do congresso americano chegaram ao acordo, depois de muita negociação com o governo.
O secretário de estado americano, John Kerry, e o secretário de Defesa, Chuck Hagel, passaram mais de quatro horas prestando depoimento na Comissão de Relações Exteriores do Senado para convencer os senadores a apoiarem uma ação militar na Síria.
Manifestantes contrários ao ataque interromperam a sessão.
John Kerry afirmou que as provas não deixam dúvidas. O governo sírio planejou o ataque químico do dia 21 de agosto, que deixou mais de 1.400 mortos nos subúrbios de Damasco.
Mais cedo, o presidente Barack Obama também se encontrou com parlamentares. Ele reafirmou que a ação militar será limitada e não vai envolver o envio de tropas para a Síria.
“Não é um novo Iraque ou um novo Afeganistão”, ele disse.
Obama ganhou o apoio do presidente da câmara, o republicano John Boehner, e da líder do partido democrata, Nancy Pelosi.
Pelosi ressaltou que o presidente não precisaria da aprovação do congresso para agir contra a Síria. Ela lembrou que quinze anos atrás, Bill Clinton deu a ordem para um ataque aéreo em Kosovo, mesmo quando o congresso ficou em um impasse entre os que apoiavam e os que eram contra a ação. E o resultado, ela disse, foi positivo. Mas, dessa vez, a Casa Branca prefere ter o apoio do legislativo, só que a aprovação do congresso ainda não está garantida. Mais de 85% dos deputados americanos ainda não esclareceram como pretendem votar.
Obama embarcou a terça-feira (03) à noite para a Suécia e de lá segue para a Rússia, onde participa do encontro do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo.
As discussões sobre a Síria devem dominar o encontro.
Fonte: g1.globo.com