“Move Out” mostra versatilidade musical

“Move Out” mostra versatilidade musical

Salla Foto New Bossa - PearlO paulistano Sallaberry, baterista, compositor e produtor, chega a Orlando para divulgar o novo CD – “Move Out”-, com repertório refinado para todos os gostos musicais, incluindo samba, baião, fusion, blues e bossa. Este é o sexto trabalho da carreira, num total de 11 faixas, destacando-se a presença de músicos renomados como Arismar do Espírito Santo, Beto Di Franco, Cassio Poletto, Chico Martins, Claudio Rocha, Cristiano Stellin, Daniel Baeder e Flávio Medeiros. Também participam, Fúlvio Oliveira, Itamar Collaço, Jorge Pescara, Luciano Magno, Maurício Marques, Michel Freidenson, Paulo Soveral, Rodrigo Vásquez Suit, Sandro Haick, Sylvio Mazzucca Junior e Tarcísio Édson César. “Nos meus Cds conto com profissionais gabaritados. Em ‘Move Out’, por exemplo, participam cerca de 20 músicos. Não é um único grupo musical, mas o encontro de profissionais de diversificados segmentos musicais”, diz.

Explica o baterista que “Move Out” foi gravado no Brasil, mas a finalização do CD aconteceu em Orlando. “Quando cheguei na cidade, dei sequência no trabalho pela Internet. Os arranjos dos músicos já estavam prontos. Tenho os equipamentos necessários, então montei o meu estúdio e terminei o CD”, diz. “Move Out não esbanja virtuose, com milhares de notas por segundo ou com arranjos rebuscados. Quando se juntam tantos feras, até as pausas dispensam comentários”, fala.

Quanto a escolha do nome “Move Out”, adiantou Sallaberry, “não significa apenas minha mudança do Brasil, mas também um novo direcionamento artístico, em busca de novas parcerias e também sonoridades, como a que procuro em meu novo estúdio, Big Orange”, comenta. Rodrigo Loli, do Tonelada Estúdio, assina a mixagem, e Cassio Centurion, do MasterDX Studio, a masterização.


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Banda de rock

salla rhythmistLembra Sallaberry que aos 16 anos integrava banda de rock em São Paulo, marcando o início da carreira. “Foi em 77 que tudo começou, musicalmente falando. Fiquei na banda até 99, quando decidi sair para seguir a carreira solo”, conta. “Foi quando montei um estúdio em casa e estudei MPB, samba, jazz e bossa nova. Também estudei áudio, arranjos e composição. Eu queria produzir os meus CDS”.

“Eu desenvolvi um novo conceito musical, E-REC, uma forma de gravar com outros músicos, em qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de estarmos no mesmo espaço físico. Por exemplo, posso mandar os arranjos de minha bateria para um baixista em Tóquio, no Japão. Simultaneamente também recebo arranjos de um guitarrista da França. Enfim, em um único trabalho, como foi falado, posso gravar com até 30 músicos. E é o que tenho feito. Os resultados são fantásticos”, diz.

Há seis meses residindo em Orlando com a esposa, Márcia, e a filha Thaís, Sallaberry disse que a escolha da cidade para viver surgiu de contatos anteriores, quando trabalhou com empresas americanas. “Eu fiz o marketing de algumas empresas americanas no Brasil. Fui para New York, depois Chicago, mas Orlando é o top. Uma cidade que não tem muito trânsito, barulho e o clima é parecido com o Brasil. A segurança é excelente, então decidi me mudar para cá”, explica. “Fazer música e trabalhar com a música no Brasil é difícil. Aqui, nos Estados Unidos, é bem diferente”.
Em cinquenta minutos de boa música, “Move Out” traz Sallaberry bem acompanhado, revelando que além de executar de forma competente os arranjos rítmicos, o baterista também se revela a cada novo CD um produtor competente, assinando desde a produção da capa como também a produção executiva. Vale conferir.

CD e repertório

Sunset, uma bossa, parceria de Maurício Marques e Sallaberry, adiciona o baixo de Itamar Collaço, e assim abre de maneira brilhante a sequência de faixas do CD. Summer Nights, um smooth funk, parceria de Fúlvio Oliveira e Sallaberry, é leve e agradabilíssima, perfeita para embalar uma noite de verão. Cuba Libre, Pero no Mucho, parceria de Flávio Medeiros e Sallaberry, tem Cuba, Caribe e todo o tempero que uma cozinha pode criar. Uma Nota Para Hermeto traz apenas os autores Sallaberry e o multi-instrumentista Sandro Haick em performance, evoluindo com um baião por caminhos do improviso pouco recriáveis. Em Samba do Sapato, um samba parceria de Luciano Magno e Sallaberry, que abrilhanta com a participação multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo no baixo, e aí faltam palavras para descrever. Em Circense, um baião, parceria do multi-instrumentista Daniel Baeder e Sallaberry, as surpresas acontecem até o ultimo fadeout, difícil de separar qualidade de composição e performance. Por Um Acaso é um samba light a três mãos, com Tarcísio Édson César, Beto di Franco e Sallaberry passeando tranquilamente pelo tema. Em Morro da Urca, parceria de Michel Freidenson e Sallaberry, o samba pede passagem e ocupa o espaço com total competência, seja na harmonia ou no ritmo escola de samba, quando Sallaberry reproduz tocando todos os instrumentos de percussão. Sternamente, parceria de Fúlvio Oliveira e Sallaberry, é um blues com arranjo mais jazz-rock, de arrepiar do início ao fim. In Traffic resgata a linguagem fusion anos 70, com pressão, muitos smaples, guitarras nervosas de Tarcísio Édson César, no baixo de Claudio Rocha, no violino de Cassio Poletto ou no groove de Sallaberry. Encerrando a jornada, Sallaberry dispara mais uma de suas experiências ‘sonopláticas’, assinando com exclusividade arranjo e autoria da trilha Blood in West África.



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