Monalisa, minha vira-lata de São Paulo

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JUL/13 – pág. 53

Como havia comentado em uma das edições anteriores, eu contaria a história de alguns cães que eu resgatei com a finalidade de que fossem adotados por uma família.


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Hoje, é a vez da Monalisa, vira-lata preta, porte médio, muito carente e simpática. Adora lamber as pessoas e passear. Não gosta muito de comer (coisa rara entre os cães, pois a maioria é extremamente gulosa).

Monalisa era cuidada por uma moça nas ruas de São Paulo. Ela tinha comida e água, mas não tinha o amor de uma família. Daí, um grupo de protetoras decidiu resgatá-la das ruas, pois ela levou uma pedrada de uma criança em um de seus olhos, perdendo esse olhinho. Todo cachorro abandonado corre grandes riscos nas ruas: atropelamentos, envenenamento, maus-tratos, enfim, animais assim não estão nada seguros.

Monalisa, então, foi colocada em um abrigo na periferia da cidade de São Paulo. Precisávamos de algumas madrinhas para pagar este “hotel”. Eu, como conhecida de uma dessas protetoras e acompanhando o caso de perto, ofereci-me para ser uma delas. Passei a enviar uma quantia mensal para manter Monalisa fora das ruas.

Acontece que animais em abrigo, normalmente, ficam largados nesses lugares (nem sempre). Eu não queria isso para a Monalisa. Esperei um mês, dois meses… cinco meses. Percebi que Monalisa não teria a chance de ser adotada lá e resolvi que, na primeira oportunidade que eu fosse a São Paulo, eu a traria para ser adotada em Araraquara.

Planejei minha ida para o feriado de 7 de setembro de 2011. Avisei minha conhecida, já amiga, que eu buscaria a Mona para trazê-la para minha cidade. Pedi para que ela fosse buscá-la no abrigo, desse um bom banho nela e a vacinasse, pois tenho outros cachorros. Tudo foi feito como eu havia pedido. Finalmente, Monalisa teria uma chance. No dia 8 de setembro, eu a trouxe de carro para Araraquara. Viagem nada fácil para uma cachorra não acostumada a andar de carro. Monalisa vomitou a viagem inteirinha. Fiquei muito preocupada com ela. Finalmente, chegamos e fui direto procurar um veterinário – Dr. Eduardo Paolini – um anjo na Terra. Graças a Deus, esse mal-estar era passageiro e logo ela estaria boa.

Monalisa ficaria na casa de minha mãe até ser adotada. Logo que ela chegou, brigou com a Diana, minha outra cachorra. Ela é territorial. Foram quase três meses de uma convivência muito difícil. Nós, minha mãe e eu, já tínhamos decidido que a Mona seria adotada por nós mesmas para fazer companhia para a Diana, agora com 16 anos. Depois desses difíceis três meses, finalmente, as duas estavam lá, correndo e brincando como se fossem as melhores amigas do mundo.

Por isso, amo os animais, pois eles nos dão lições lindas de solidariedade e amizade. Hoje, Diana e Mona são grandes amigas. Dormem juntas, brincam pelo quintal… correm… comem as plantas (Dona Bia quer me “matar”). Monalisa conseguiu o que todo animal tem direito: uma família.

Meu mundo só será perfeito no dia em que não existir nenhum animal abandonado. Tenho certeza de que chegará o dia em que todos os animais terão uma família e toda família terá um animal. Esse é meu SONHO e, dele, não desistirei nunca.

Grande Abraço a todos os leitores do Jornal Nossa Gente!

BethAssis-e1368818487885Beth Assis – da ONG S.O.S. Melhor Amigo



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