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Médicos estrangeiros têm dificuldade para obter licença nos EUA, diz NYT
Imigrantes têm de passar por longo processo de testes e treinamentos.
País terá grande demanda por novos profissionais com nova lei de saúde.
Mesmo enfrentando uma escassez cada vez maior de médicos, os Estados Unidos impõem barreiras difíceis de serem transpostas por médicos imigrantes formados no exterior que desejam atuar no país. A situação foi abordada por matéria publicada neste domingo (11) no jornal “The New York Times”.
Para trabalharem no país, estrangeiros têm de passar por processos de testes e de treinamento para que os órgãos oficiais certifiquem-se de que atingem o mesmo padrão de qualidade que o dos formados em instituições americanas.
Muitos médicos estrangeiros alegam que esse processo é longo e restritivo, principalmente quando se leva em conta que a necessidade dos Estados Unidos por novos médicos tende a aumentar drasticamente em poucos meses, sob a nova lei do sistema de saúde americano.
Se algumas regiões dos Estados Unidos já sofrem com a falta de médicos em especialidades como a atenção primária, a partir de 2014 o problema deve se agravar, quando milhões de americanos serão incluídos no sistema de saúde.
Segundo “The New York Times”, imigrantes afirmam que, diante dessa situação, o sistema de saúde seria beneficiado se pudesse aproveitar a mão-de-obra subutilizada dos profissionais formados em medicina no exterior, que já vivem nos Estados Unidos, mas são impedidos de atuar na área.
“Não custaria aos contribuintes nem um centavo porque esses médicos já vêm para os Estados Unidos completamente treinados”, disse ao “Times” o indiano Nyapati Raghu Rao, professor de psiquiatria da Nassau University Medical Center, de Nova York. “É duvidoso que os Estados Unidos possam atender às carências enormes sem a participação de profissionais formados no exterior. Mas estamos basicamente ignorando eles nessa discussão e eu não sei por que.”
Anestesiologista vira professor de cursinho
O jornal conta o caso do anestesiologista Sajith Abeyawickrama, de 37 anos. Profissional reconhecido no seu país natal, o Sri Lanka, ele não pode exercer a profissão nos Estados Unidos, para onde se mudou para se casar em 2010.
Sem a autorização, ele já exerceu diversas funções no país, desde um trabalho não remunerado em que inseria informações de pacientes em um sistema eletrônico de registros médicos até uma posição como professor de um cursinho preparatório para outros médicos e estudantes que estão na mesma situação que ele e buscam a obtenção da licença para a prática da medicina nos Estados Unidos.
A reportagem aponta a exigência de que o candidato faça a residência médica nos Estados Unidos como o gargalo mais estreito. Essa exigência existe mesmo se o médico já concluiu a residência médica em sistemas avançados de saúde, como na Inglaterra ou no Japão.
Abeyawickrama prestou as provas para residência e passou, mesmo com pouco tempo de preparação. Mas as notas foram muito baixas para que fosse admitido em algum programa de residência. Atualmente, depois de ter recebido uma bolsa de pesquisa na Cleveland Clinic, ele espera que os programas de residência reavaliem suas notas para que possa ser admitido. “Quando eu terminar a bolsa de pesquisa em Cleveland, em um dos melhores hospitais na América, espero que algumas portas abram para mim”, disse “Times”.
De acordo com a Comissão Educacional para Médicos Graduados Estrangeiros, a cada ano, 8 mil médicos estrangeiros se inscrevem no sistema nacional seleção para residência médica. Estima-se que 25% dos médicos atuando nos Estados Unidos tenham se formado no exterior.
Exigências
Para obter licença para atuar nos EUA, os médicos estrangeiros devem ser certificados pela Comissão Educacional para Médicos Graduados Estrangeiros (ECFMG, na sigla em inglês). Em alguns casos, os candidatos devem se submeter a uma formação adicional nos Estados Unidos.
Além disso, universidades estrangeiras podem ser avaliadas pelo Comitê Nacional sobre Educação Médica Estrangeira e Acreditação (NCFMEA, na sigla em inglês). O órgão tem como objetivo verificar se os padrões utilizados para acreditação de escolas médicas em outros países são equivalentes aos padrões empregados nas universidades americanas e, dessa forma, permitir o intercâmbio de graduandos de instituições estrangeiras com universidades americanas.
Fonte: g1.globo.com