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Manifestações no Brasil é o indício de sinal vermelho para Dilma Rousseff
As maiores concentrações aconteceram em São Paulo – mais de um milhão na Avenidas Paulista-, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal e, no Nordeste, em Salvador, Recife e Fortaleza. Os cálculos dos organizadores apontam que mais de 2.500.000 de pessoas vestiram verde e amarelo
As manifestações que mobilizaram o Brasil no último dia 15 deram a real dimensão do nível de insatisfação dos brasileiros com os rumos do segundo Governo da presidenta Dilma Rousseff. As maiores concentrações aconteceram em São Paulo – mais de um milhão na Avenidas Paulista-, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal e, no Nordeste, em Salvador, Recife e Fortaleza. Os cálculos dos organizadores apontam que mais de 2.500.000 de pessoas vestiram verde e amarelo e, espontaneamente, foram às ruas. Foram atos pacíficos, contrariando expectativas dos que apostavam que tudo poderia acabar em tumulto, como acorreu nas vezes anteriores. Cartazes com a frase “Fora Dilma”, também protestando contra a corrupção no país, eram empunhados pelos manifestantes. Pediram o impeachment da presidenta pelo descumprimento das promessas de campanha e pelo descontrole da Economia. Em Nova York, Londres, Portugal e Austrália, os emigrantes brasileiros também se manifestaram.
Ninguém, em sã consciência, está suportando a onda de roubalheira que tomou conta do país. São bilhões jogados no ralo da impunidade, evidenciando a irresponsabilidade de políticos brasileiros. O povo está descontente com as medidas econômicas, com as alterações na concessão do seguro desemprego e da pensão por morte, com a volta da inflação e, principalmente, com os escândalos que cercam a Petrobras. A estatal teve bilhões de reais desviados nos últimos 10 anos em contratos de serviços e obras superfaturadas. Antes do escândalo da Petrobrás, o PT no Poder já havia enfrentado outro grave esquema de corrupção: o mensalão. Figuras expoentes do Governo Lula e da cúpula do partido foram condenadas e acabaram na cadeia. Mesmo com as denúncias, o PT elegeu, em 2010, e reelegeu, em 2014, a presidenta Dilma Rousseff. A história, porém, já apresentava sinais de desgaste do PT que teve, para muitos, quebrado o cristal da tradicional bandeira ética de ações, práticas e programas.
Foi um grito de basta. A indignação e revolta cobraram mudanças durante os protestos. Pediram o impeachment da presidenta pelo descumprimento das promessas de campanha e pelo envolvimento de integrantes do Governo com o esquema de corrupção da Petrobras. Em todas as manifestações, apareceu o recado de “Fora Dilma” entre tantos cartazes e faixas exibidas pelos manifestantes. O impeachment defendido pela oposição, entrou no debate político, mas é considerado golpe pelos aliados do Governo Dilma. Não há, mesmo com as revelações da Operação Lava Jato, fatos concretos que justifiquem o afastamento da presidenta do Palácio do Planalto.
A Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu 1 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar. Foi o maior protesto contra o governo da presidenta, superando as manifestações anteriores, inclusive o movimento “Diretas Já”. Em Brasília os manifestantes lotaram de forma pacífica a Esplanada dos Ministérios, pedindo o fim da corrupção no país. Segundo o Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal, ao menos 45 mil pessoas atenderam às convocações feitas nas redes sociais para o protesto contra o governo. O movimento “Vem pra Rua”, um dos organizadores do ato, calculou em pelo menos 80 mil o número de pessoas que participaram da manifestação na capital federal.
Brasileiros que residem no exterior e turistas reuniram-se para fazer coro aos protestos contra o governo durante as manifestações no Brasil. Munidos de bandeiras, cartazes e balões, os manifestantes pediram o fim da corrupção. As manifestações aconteceram em Nova York, Londres, Miami, Lisboa e Sidney.
Percalços do Impeachment
Segundo a opinião de economistas no Brasil, o Impeachment é um ato político e não tem nada a ver com o Judiciário. “Impeachment é uma expressão inglesa usada para designar a cassação de um chefe do Poder Executivo. Significa também impedimento, impugnação de mandato, retirar do cargo uma autoridade pública do poder Executivo“, diz o dicionário, portanto, é um procedimento do Poder Legislativo. Em outras palavras, um ato político. E no Congresso Nacional há acusados na Operação Lava Jato. Dez dos 15 deputados indicados até o momento para a nova CPI da Petrobrás receberam doações nas últimas eleições, algo em torno de R$ 1 milhão e novecentos mil reais, das empreiteiras citadas na operação Lava Jato e prováveis alvos da CPI criada. E são estes que estariam propondo o impeachment de Dilma. E caso isso ocorresse, quem assumiria a presidência é o vice Michel Temer.
O processo de impeachment de Collor foi aprovado no Congresso Nacional por 441 votos a favor e 38 contra, no dia 29 de setembro de 1992, quando foi afastado do governo. Ele renunciou no dia 29 de dezembro daquele ano o que não impediu a finalização do processo. Na época, ele foi acusado por mais de 100 crimes, entretanto no dia 12 de dezembro de 1994, o Supremo Tribunal Federal o inocentou. Quem estava com Collor na época era o atual presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, poderoso e também acusado de corrupção. Caso viesse a ocorrer o impeachment de Dilma, Renan seria o maior beneficiado com todo o processo. Valeria a pena?