Mais de 750 brasileiras, vítimas de violência doméstica no exterior, denunciam abusos

Dados alarmantes, segundo o Itamaraty, registram o índice de violência contra brasileiras

 

Dados do Itamaraty apontam o registro de mais de 750 ocorrências de violência doméstica contra mulheres brasileiras no exterior, em diversos países, durante a pandemia. Serviços consulares observaram um aumento das denúncias a partir do início da pandemia, de agressões físicas e situações de vulnerabilidade

 

Da Redação


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São alarmantes os dados fornecidos nesta quarta (13) pelo Itamaraty, informando que foram registradas mais de 750 ocorrências de violência doméstica contra mulheres brasileiras no exterior, em diversos países, durante a pandemia. Um fato preocupante, pois na maioria dos casos, as vítimas são hostilizadas e sofrem pressões psicológicas – além de agressões físicas.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os dados foram solicitados para 182 postos no exterior que prestam serviços consulares após a pasta observar um aumento nas denúncias a partir do início da pandemia. É o grito de socorro de brasileiras em condições vulneráveis diante de seus respectivos companheiros.

“Desde o início de 2020, a área consular do Itamaraty tem observado, por meio de informações recolhidas pela rede de postos, aumento nas denúncias de violência doméstica que afetam mulheres brasileiras em diferentes partes do mundo”, informou o Itamaraty.

Como os dados são preliminares, segundo levantamento, é esperado um “panorama completo” sobre a violência contra as mulheres nos próximos meses. “A intenção é que o levantamento passe a ser feito em bases regulares, possibilitando a criação de série histórica sobre os casos registrados no exterior”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

 

Denúncias de violência

A rede de postos do Itamaraty no exterior, dentre embaixadas com setor consular, consulados-gerais, consulados e vice-consulados, e escritórios, conta com assistentes sociais para atendimentos de diversos tipos, incluindo às vítimas de violência doméstica. Segundo a pasta, a rede de postos do Ministério das Relações Exteriores já adota algumas rotinas de atendimento personalizadas para cada caso.

Entre elas estão: entrevista consular de caráter humanizado e não-inquisitivo, destinada a avaliar as necessidades assistenciais no exterior; encaminhamento da vítima a instituições locais de assistência ou, se necessário, a abrigos.

Para tal, os postos consulares realizam levantamentos regulares sobre instituições governamentais e não governamentais que prestem assistência para recuperação física, psicológica e social das vítimas, bem como acolhimento e abrigo provisório; repatriação, custeada pelo governo brasileiro ou por meio de programas de ajuda ao retorno eventualmente existentes no exterior.

Segundo o Itamaraty, o levantamento tem o intuito de mapear os casos para “melhor atender as necessidades da Comunidade brasileira residente no exterior”. Além disso, a pasta disse que pretende subsidiar políticas públicas sobre violência contra a mulher.

 



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