Mães adotivas: Só o amor constrói e supera desafios

Mães adotivas: Só o amor constrói e supera desafios

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JUL/2015 – pág. 07, 09 e 12

Na era da desumanização a adoção é um gesto nobre, de solidariedade, que dá segunda chance à crianças, na maioria dos casos, rejeitadas pelos pais biológicos. O “Jornal Nossa Gente” enfoca as trajetórias de mulheres que se tornaram mães pelo ímpeto das circunstâncias. Relatos surpreendentes. Uma lição de fé, ternura e coragem

O amor de mãe é inquestionável. Um gesto de benevolência, a favor da vida, que nasce do ventre materno ou que surge do ímpeto em acolher o próximo através da adoção. E não importam os sacrifícios para missão tão nobre, designada não somente àquelas que geram filhos, mas às que amparam os filhos de outras mães, e que nutrem por eles um carinho especial. Adotar é dar a oportunidade de se ter um lar, ter família, com todos os vínculos próprios da filiação, abrindo horizontes e dando a oportunidade de vislumbrar o futuro. A adoção é segunda chance para a criança, na realização de mulheres que escolheram ser mães, em situações inimagináveis, mas que acrescentaram em suas vidas e se tornaram pessoas melhores. A equipe do “Jornal Nossa Gente” foi em busca dessas personagens que são referências no ato de adoção. Pessoas excepcionais, cada qual com a sua experiência, mas com um ponto incomum: a solidariedade. Depoimentos que se entrelaçam, carregados de ternura e coragem. Elas são consideradas as mamães de coração, que se despojaram de inconvenientes para tornarem-se tutoras de seres marcados pela fatalidade da vida, mas que hoje têm o café da manhã garantido. E todas, indistintamente, são exemplos de superação.


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Kymberli  e Célia Bernal
Kymberli e Célia Bernal

Célia Bernal trabalha no setor administrativo da Escola Estadual Julio Guerra, em Ji-Paraná – Rondônia. Aos 27 anos queria ser mãe. Não desejava se casar, mas almejava um bebê. E quando soube que a empregada de uma vizinha, de sua colega de trabalho, estava prestes a dar à luz e que iria dar a criança, não teve dúvida, era a chance de realizar um sonho. Foi até o hospital conversar com a mãe biológica, Cleonice, menor de idade. E apesar das opiniões contrárias, não se esquivou da decisão de adotar a criança: e conseguiu.

Já a bancária que trabalhava em New York, Helena Scholz-Gaynor, recebeu em seus braços uma recém-nascida, de apenas 14 meses, entregue pelo diretor de um orfanato. Estava na China, no estado de Hunan, quando foi surpreendida com a chegada da criança. E, segundo o seu relato, tinha olhos grandes e era chorona. Sentiu um calafrio, mas estava feliz por se tornar mãe de forma tão inusitada. Seis anos depois voltaria ao reduto chinês para adotar uma outra menina, com dois anos e meio.

Em contrapartida, A socióloga Anna Luporini precisou entrar na justiça do Brasil para conseguir a guarda de um adolescente e trazê-lo de volta aos Estados Unidos. O menino estava em situação difícil em Belo Horizonte, após a morte do pai nos Estados Unidos, ex-cozinheiro e engraxate em Washington. O garoto, quando bebê, esteve sob os seus cuidados, gerando um amor imensurável. A criança foi mandada para a casa da avó, na Capital mineira, que veio a falecer. Uma luta acirrada, mas a psicóloga teve pulso firme e garantiu o futuro de um adolescente, Mateus, hoje vivendo sob a sua tutela. A trajetória de três mulheres que se tornaram mães adotivas, deixando evidente que só o amor constrói, superando o ímpeto da desistência. O cordão umbilical das circunstâncias.

Primeiro relato

Voltada para os trabalhos administrativos da Escola Estadual Júlio Guerra, em Rondônia, Célia Bernal, aos 27 anos, estava noiva e desejava ser mãe. Entretanto, o casamento era algo que não chamava a sua atenção. Uma jovem independente, funcionária do governo, que residia na cidade de Ji-Paraná. E quando soube que Cleonice, uma menor de idade, daria à luz a uma menina e que a mesma seria entregue a quem quisesse adotá-la, foi até o hospital. A criança nasceria em quinze dias. “Conversei com a mãe da criança, disse quem eu era e que não estava ali para tomar a criança, mas que tinha interesse na menina. A mãe confirmou que ia dar a criança porque morava com a irmã e ela não queria a menina na sua casa. Perguntei pelo pai da criança e ela contou que o rapaz não queria assumir e que a família dele também a rejeitou. Era uma criança rejeitada pela família da mãe e pela família do pai. Fui falar com a irmã mais velha para ter certeza de que não se travava de loucura da menina, mas fiquei surpresa com a sua frieza. Ela disse que não aceitava a criança porque trabalhava durante o dia para comer à noite e que a recém-nascida traria despesas. Ela não tinha recursos para cuidar da menina. Pediu que eu fosse ao hospital pegar a menina assim que nascesse. Dias depois me telefonaram do hospital, quando conversei novamente com a Cleonice indagando se ela se tinha certeza do que estava fazendo. Inclusive, pedi para que falasse com a irmã e depois me ligasse com a decisão final. No outro dia me ligaram pedindo para pegar a criança”, lembra com carinho.
“Eu morava sozinha, a minha família estava em outra cidade (Vilhena). Fiz tudo sem consultar os meus familiares. E quando cheguei em casa com a bebê, olhei para aquela carinha preta – a criança é negra -, disse a mim mesma como iria cuidar daquela coisinha tão linda. A princípio tive dúvida, não sabia se tinha feito a coisa certa. Depois consegui uma moça para cuidar da criança, quando liguei para a minha família contando o que tinha acontecido, mas a única pessoa que me apoiou foi a minha irmã mais velha. A minha mãe me chamou de louca, dizendo que eu não deveria pegar o filho dos outros para criar. Foi Deus quem colocou a menina na minha vida”, relata.

“Foi uma experiência incrível. Mas tinha medo de sair na rua com a criança temendo que alguém falasse alguma coisa pelo fato de ser negra. Podiam alegar que eu a tinha roubado ou coisa assim. A jovem que trabalhava comigo levava a recém-nascida para tomar vacinas. Seis meses depois a criança ficou doente. Aí vieram as críticas, dizendo que eu tinha feito a coisa errada e que deveria arcar com as consequências. Jamais ouvi uma palavra de apoio, pelo contrário”, conta Célia. “Surgiram muitas feridas no corpo da criança e, mais tarde, soube que era alérgica. E quando eu me casei a criança tinha três anos, mas o meu marido não a aceitava. Ele ficava indiferente, na dele, não se importava com a menina. Foi difícil. Ela tinha tudo para dar errado com tantas rejeições. Hoje tornou-se uma moça linda, a Kymberli, com 22 anos, está trabalhando em uma escola de inglês, em Orlando, e concluiu o ensino médio no Brasil”, diz com orgulho.

Revelou Célia Bernal que a Kymberli tem 22 anos, mas com mentalidade de 15 anos, em consequência dos abortivos que a mãe tomou até os seis meses de gestação, prejudicando a idade cronológica da criança, segundo diagnóstico de psicólogos. “Tem dias que a Kymberli age como adulta, mas em outros é uma criança de 12 anos e isso requer um acompanhamento. Ela dorme muito, de forma anormal, eu preciso estar atenta porque se descuidar, vai dormir excessivamente”, avisa. E segundo pesquisas médicas o excesso de sono é conhecido como Narcolepsia.

Com a morte do esposo, José Almeida, Célia veio para os Estados Unidos com a Kimberli e pretende morar em Orlando. Ela tem uma filha americana, Natalie, fruto do seu casamento, que lhe deu o Green card. “Eu criei as minhas duas filhas com o mesmo carinho. Nunca fiz distinção entre elas”, enfatiza. “Eu as amo muito”.

A adoção na China

Para a ex-bancária da cidade de New York, Helena Scholz-Gaynor, adotar duas meninas chinesas, Alexandra e Lúcia, foi um gesto de fé e determinação. Uma escolha difícil, permeada de percalços, mas que não interferiram na sua conduta de mãe. Ela viajou à China, acompanhada do esposo e de outras cinco famílias, com o objetivo de adotar uma menina, pois sabia que naquele país as crianças eram abandonadas pelos pais biológicos e que a adoção acontecia em até duas semanas. Queria dar à criança um lar e o amparo que lhe faltava. “O meu sonho de ser mãe era muito forte. Não media esforços para isso e buscava uma forma para realizar o meu objetivo. E para adotar uma criança na Espanha, o meu país, leva até cinco anos, como em outros países onde há burocracias. Soube que na China o trâmite de adoção é imediato, até duas semanas, então resolvi ir para lá. Entrei no avião e fui”, lembra com carinho.

Helena Scholz-Gaynor, Alexandra e Lúcia
Helena Scholz-Gaynor, Alexandra e Lúcia

E foi através da “New Beginnings Family and Children’s Services”, agência de adoção de crianças, em New York, que Helena acreditou na possibilidade de realizar o desejo de adotar uma menina. “Eu queria muito uma menina”, diz. E foram três meses ininterruptos de trâmite quando, finalmente, recebeu o sinal verde para embarcar para a China, no estado de Hunan, onde havia um orfanato. Antes, como exigia o protocolo, conheceu as Muralhas de China e depois foi levada às compras, afinal, tudo deveria ser feito de forma discreta, sem despertar a atenção das autoridades chinesas, embora a adoção fosse um processo legal no país. “Tudo o que eu queria era visitar as crianças do orfanato, indicado pela agência. Estava ansiosa para escolher quem adotar e trazer para os Estados Unidos. As crianças abandonadas pelos pais biológicos, eram levadas para aquele local. Mas fiquei surpresa quando fui informada de que a nossa entrada no orfanato estava proibida. Tínhamos de aguardar no hotel. Depois fui avisada que o diretor do orfanato, acompanhado de uma funcionária, me esperava na recepção. E quando os encontrei o diretor colocou uma recém-nascida nos meu braços e disse que aquela era a minha menina, com apenas 14 meses de vida. Foi tudo muito rápido. Eu não tive o direito de escolher a quem adotar. Eram eles que determinavam. Olhei para aquela criança e senti emoção e apreensão ao mesmo tempo. Estava feliz e assustada pela forma como as coisas aconteceram. A criança chorava muito e tinha olhos grandes, fala com emoção.

E toda documentação, conta a bancária, foi preparada rapidamente. “O Consulado Americano liberou o visto de turista para a criança – batizada de Alexandra-, entrar nos Estados Unidos, até que fosse concluída a papelada”. Ainda emocionada, disse Helena que o fato de ser mãe, de forma tão inesperada, a deixou atônita a princípio. “Eu estava muito feliz. Vim para os Estados Unidos com a minha filha nos braços. Foi muito lindo”, diz. Seis anos depois ela retornou à China para uma segunda adoção. Era uma outra menina, Lúcia. “Na segunda vez, a criança entrou nos país com a cidadania americana. “, conclui.

“A adoção é um procedimento que envolve familiares, amigos, autoridades, profissionais da área, bancos, histórico de onde a criança irá viver com os pais nos Estados Unidos, muitas exigências. Mas foi gratificante passar por tudo isso e não me arrependo de nada do que fiz, pelo contrário. Mesmo tendo de enfrentar voo de 22 horas até a China, valeram todos os esforços. As minhas filhas – Alexandra e Lúcia – ficaram doentes, foi tudo muito difícil porque você adota a criança e o seu histórico de vida. E se a criança tem problemas de saúde você vai descobrir depois”, alerta . “A Lúcia, por exemplo, quando a adotamos, apresentava cortes profundos no queixo e na orelha. Ela estava machucada. A Alexandra foi diagnosticada com intoxicação e problemas no sangue por ingerir alimentos preparados com água contaminada. Foi uma luta, mas graças a Deus tudo acabou bem e hoje estou feliz, realizada. São meninas inteligentes, que se destacam nos estudos e isso é muito gratificante. Estou muito orgulhosa”, finaliza Helena Scholz-Gaynor.

A luta pelo Mateus

“O Mateus caiu nas minhas mãos por acaso. Um dia à noite senti desejo de comer empadinha, isso foi em março de 1998, então fui com o meu marido, o Alex, para a Pizzaria Giovanni, que ficava na International Drive. O cozinheiro da pizzaria, o Nelson, amigo do meu esposo, depois de uma conversa, perguntou como se chegava ao aeroporto. Ele nos contou que ia buscar o filho recém-nascido – três semanas-, que nunca tinha visto e que não sabia que existia”, lembra a socióloga – com mestrado em Antropologia -, Anna Luporini . E a partir daquela noite, iniciava-se uma longa e complicada trajetória de amor e luta, envolvendo um menino órfão de pai – a mãe tinha problemas mentais -, e uma mulher obstinada em dar-lhe um futuro seguro em meio a uma batalha judicial no Brasil. E tudo aconteceu quando o garoto, Mateus, que nasceu nos Estados Unidos e que foi mandado para a casa da avó em Belo Horizonte (MG), estava em dificuldades na capital mineira. Ela, a socióloga, que nutria um amor de mãe pelo menino, era a única que poderia resgatá-lo e lhe garantir um futuro seguro.

Mathews o primeiro a esquerda e sua família nos EUA, visitando o porta-avião
Mathews o primeiro a esquerda e sua família nos EUA, visitando o porta-avião

Naquela noite que saiu para comer uma empadinha, foi acompanhando o cozinheiro até o aeroporto de Orlando, a socióloga encontrava-se no saguão de desembarque aguardando a saída do recém-nascido. Foram longos minutos de espera, lembra.”O Nelson mostrava-se apreensivo naquele momento e eu também”, conta. A criança era fruto de um relacionamento entre o cozinheiro e uma brasileira – o nome não foi divulgado -, em um baile de Carnaval. Ela voltou para a Califórnia e ambos nunca mais se viram. Com problemas de esquizofrenia e grávida, a mãe foi abandonada pelo marido, com quem convivia na Califórnia, quando ele descobriu , após teste de DNA, que o menino que a companheira carregava no ventre não era seu filho. Ele a colocou para fora de casa. “A mulher teve um surto e pôs o menino na banheira e abriu as torneiras. Ela queria que a criança se afogasse”, relata Ana. “Os vizinhos acudiram a criança. A mãe foi para o Brasil e deixou o menino na Califórnia”.

Com apenas três semanas de vida, Mateus ficou sob os cuidados da socióloga, a pedido do cozinheiro. Ele morava sozinho, trabalhava ininterruptamente e não tinha condições de cuidar do menino. “O Mateus ficou traumatizado por ter se afogado na banheira e durante um ano não tomou água direito”, lembra Ana. “A minha filha, Mariana, teve que cortar os cabelos para se aproximar do bebê porque ele tinha medo. E quando colocava água na banheira para o banho, ele fazia escândalo. O garoto tinha pavor de água”, lembra. “O meu outro filho, o Alexandre, também ajudou a cuidar do Mateus”.

Indagada sobre a descoberta do paradeiro do pai em Orlando, já que a mãe biológica tinha ido para o Brasil e deixado a criança, explica Ana que durante as visitas da mãe ao psicólogo, levada pelo pessoal da igreja, ela passou o número do telefone do cozinheiro aos médicos, como suposto pai do garoto. E quando o abandonou a assistente social entrou em contato com o cozinheiro e o comunicou sobre a existência da criança. “Quem trouxe o Mateus e o entregou para o Nelson foi um assistente social”, enfatiza a socióloga. “A criança ia para a adoção, mas quando descobriram o paradeiro do pai, foi feito um teste de DNA que deu positivo. Depois disso, refizeram a documentação do menino, com o nome do pai verdadeiro, e a criança veio para Orlando com a documentação legalizada”.

E o amor pelo garoto cresceu consideravelmente, sob os cuidados da socióloga. O menino passou a fazer parte da família. E foi nessa época que Ana pediu ao pai para adotar a criança, mas ele não aceitou. O fato de não ser casado e de morar só, o Mateus seria o seu companheiro no futuro, alegou o cozinheiro. “O Mateus tinha dois anos de idade então pedi ao Nelson que o levasse embora, depois que ele recusou o meu pedido de adoção. Eu não queria continuar cuidando da criança porque o menino já me chamava de mãe e seria uma dor insuportável quando tivesse de me separasse dele. O Nelson mandou a criança para a casa da avó paterna no Brasil, em Belo Horizonte (MG). E quando o menino tinha sete anos, o Nelson morreu nos Estados Unidos, em 2005. Ele, na ocasião, trabalhava como engraxate no aeroporto de Washington. Foi um choque. A avó acabou falecendo depois e o menino ficou sem proteção no Brasil. O garoto estava sozinho, morando na casa dos tios. Decidi trazê-lo de volta para os Estados Unidos porque sabia que ele precisava de ajuda, mas foi uma luta. O único documento que provava que eu era sua tutora foi um seguro de vida que fiz para ele quando o pai estava muito doente. Esse seguro comprovou que eu era tutora. Passei a me comunicar com Mateus no Brasil e dei a ele toda assistência para tirar a documentação brasileira. Foi um longo período de seis anos. O ano passado ele completou 16 anos e já podia tirar o passaporte americano. Fui para o Brasil me encontrar com ele. E ao me ver no aeroporto, o Mateus me abraçou forte e chorou muito. Fomos para o Consulado Americano e expliquei ao Cônsul que ele não tinha proteção familiar e mostrei fotos. O Cônsul concordou que ele voltasse para os Estados Unidos porque era a vontade do Mateus e porque ele é americano. O passaporte foi tirado”, diz a socióloga.

Mas, para deixar o Brasil, Mateus precisava da autorização da mãe biológica, pois constava na documentação que ela estava viva e a Polícia Federal exigia. O garoto foi para Fortaleza se encontrar com a mãe – onde ela residia-, mas havia um outro fator agravante : a mãe biológica tinha entrado nos Estados Unidos com passaporte falso e o nome que constava na documentação americana não era o verdadeiro. “Ela fez a autorização para o Mateus viajar com o seu nome verdadeiro, mas não batia com o nome materno que constava no passaporte americano. Tive que pedir a ajuda de um tabelião em Fortaleza para conseguir uma certidão autenticando o nome da mãe no passaporte, comprovando que ela existia. Foi complicado, mas consegui”, fala com expressão de alívio.

Mateus, posteriormente, desembarcou em Washington, a pedido da socióloga, em homenagem ao pai que faleceu naquela cidade. “Eu esperei pelo Mateus em Washington para que ele conhecesse a história do seu país, porque ele é americano. E foi lá que o seu pai passou os últimos momentos de vida. O pai morreu em Washington e eu queria que ele começasse a sua vida lá. Queria que ele entendesse que aqui, nesse país, ele têm oportunidades e que valorizasse isso. Depois de passear por Washington, aproveitei que a minha filha, Mariana, estava voltando do Oriente Médio em um porta-aviões e consegui que o Mateus embarcasse no navio para ele entender o que é os Estados Unidos. Fomos até a Virgínia. As portas do país estavam sendo abertas para ele. O Mateus vai para a Marinha e isso é muito bom. Ele terá todo aparato para iniciar a sua vida nos Estados Unidos. Sei que na Marinha eles vão cuidar muito bem dele”, finaliza.

WaltherAlvarenga

Walther Alvarenga



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