
Após o presidente Joe Biden renunciar à sua candidatura à reeleição, em pronunciamento no domingo (21), o nome da vice-presidente Kamala Harris (foto Divulgação) surge como a mais forte alternativa do Partido Democrata para derrotar Trump
Da Redação – A vice-presidente Kamala Harris será a substituta de Joe Biden na corrida eleitoral dos EUA? Esse o dilema que enfrenta o Partido Democrata após Biden renunciar à sua candidatura à reeleição, em pronunciamento que aconteceu no domingo (21), ao meio-dia, não causando surpresas no país. Ocorre que essa era a expectativa de a maioria do eleitorado americano, preocupados com a idade avançada do presidente. Até o momento desta publicação, o nome de Kamala ventilava nos principais sites do mundo como a provável representante dos democratas.
Ex-promotora de Justiça na Califórnia, tendo efetuado a prisão de importantes líderes quando no exercício de sua profissão, Kamala, se for confirmada como a substituta de Biden, poderá usar esse argumento contra o ex-presidente Donald Trump, que enfrenta vários processos na Justiça. A vice-presidente já arrecadou cerca de 50 milhões em doações para sua campanha presidencial, sete horas depois de ter sido endossada por Biden como possível sucessora nas eleições de novembro.
Deverá o Partido Democrata dar o seu apoio em massa à vice-presidente Kamala Harris ou permitir uma convenção aberta e competitiva em agosto? Essa é a questão. Biden foi claro ao dar o seu apoio explícito a Harris, mas outros membros importantes da formação, como o ex-presidente Barack Obama, a influente congressista californiana Nancy Pelosi ou o líder da maioria Democrata do Senado, Chuck Schumer, não manifestaram a sua simpatia por ninguém.
Discurso de Kamala
Harris fará um discurso nesta segunda-feira (22), depois de emitir um comunicado no domingo (21), agradecendo a Biden o apoio para torná-la a candidata democrata à nomeação presidencial. Disse que optará por essa nomeação, que tradicionalmente é oficializada na “Convenção Nacional”, que terá lugar este ano entre 19 e 22 de agosto, em Chicago.
O ex-presidente Bill Clinton e a ex-candidata presidencial e ex-secretária de Estado Hillary Clinton deram seu apoio a Harris logo após o anúncio histórico de Biden de que não buscaria a reeleição, abrindo caminho para outra pessoa qualificada para derrotar o republicano Donald Trump. “É hora de apoiar Kamala Harris e lutar com tudo o que temos para que ela seja eleita. O futuro dos Estados Unidos depende disso”, declarou o casal Clinton.
Como a campanha foi registrada na “Comissão Eleitoral Federal”, como Biden-Harris, a vice-presidente poderá utilizar esses fundos para a sua campanha presidencial, segundo Kenneth Gross, consultor especialista em questões de financiamento eleitoral. Uma fonte ligada aos doadores democratas disse que a candidatura presidencial de Harris desencadeará uma “onda azul de doações” para a sua campanha. Os principais contribuintes democratas teriam dito que não investiriam dinheiro se Biden permanecesse na corrida.
No momento, ninguém declarou a intenção de contestar a candidatura de Harris, que segundo algumas pesquisas obtém melhores números de intenção de voto contra Trump do que Biden. Pesquisa da “CBS” na semana passada deu a Trump três pontos à frente de Harris e cinco pontos à frente de Biden.
A única alternativa a Harris, que tem resultados consistentemente melhores do que Trump, é outra mulher negra: Michelle Obama. Esta eleição tumultuada não tem precedentes desde 1968, quando Robert F. Kennedy foi assassinado e Lyndon B. Johnson, que sofreu um ataque cardíaco e não tinha hipóteses de vitória contra o republicano Richard Nixon, retirou-se.
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