Marcando o 50º aniversário da decisão do tribunal Roe v. Wade, a vice-presidente Kamala Harris prometeu no domingo (22) “nunca recuar” no direito ao aborto. Os democratas fizeram da causa um ponto de encontro político
Da Redação – Em pronunciamento contundente, marcando o 50º aniversário da decisão do tribunal Roe v. Wade, a vice-presidente Kamala Harris prometeu no domingo (22) que ela e o presidente Joe Biden “nunca recuarão” no direito ao aborto. Disse que se trata de uma decisão primordial, mesmo com a contestação da Suprema corte que derrubou a medida.
Falando de um palco no “The Moon”, uma casa noturna e casa de shows em Tallahassee, disse Harris que a Suprema Corte dos EUA retirou um “direito fundamental” no ano passado quando anulou Roe v. Wade e ajudou a estimular uma cascata de restrições ao aborto em estados de todo o país.
“Por quase 50 anos, os americanos confiaram nos direitos protegidos por Roe”, disse Harris a uma multidão de apoiadores. “Hoje, no entanto, no que seria seu 50º aniversário, falamos da decisão Roe no pretérito, porque em junho passado a Suprema Corte dos Estados Unidos retirou esse direito constitucional, um direito fundamental, uma liberdade básica do povo de América, das mulheres da América.”
Embora a aparição de Harris estivesse ligada ao aniversário de Roe v. Wade, também ocorreu quando DeSantis é amplamente discutido como um potencial adversário republicano em 2024 para Biden. Os democratas fizeram do direito ao aborto um ponto de encontro político depois que a Suprema Corte dos EUA anulou a decisão de 1973, que reconhecia o aborto como um direito fundamental.
Cerca de quatro horas antes de Harris subir ao palco, o Partido Republicano da Flórida enviou um comunicado aos repórteres criticando a vice-presidente e outros democratas.
Kamala anunciou que Biden estava emitindo um memorando instruindo as agências federais a procurar maneiras de ajudar a garantir o acesso ao mifepristona, uma droga usada em abortos medicamentosos.
A “Food and Drug Administration” dos EUA aprovou neste mês uma mudança que expandiria o acesso ao medicamento nas farmácias. Mas a “Agência de Administração de Saúde da Flórida” alertou os farmacêuticos da Flórida contra a distribuição do medicamento.