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Jornal dos EUA chama Brasil de país da pizza de queijo de quase US$ 30
Jornalista apurou preços do prato em uma pizzaria de São Paulo.
Pizza marguerita, feita com mussarela, tomate e manjericão, sai por R$ 59.
O país da pizza de queijo de quase US$ 30. Foi assim que o jornal The New York Times se referiu ao Brasil em uma edição recente. O jornalista foi apurar os preços do prato em uma pizzaria de São Paulo. A pizza a marguerita, preparada com mussarela, tomate e manjericão, sai por R$ 59. Tamanho espanto, que fez valer uma reportagem, provoca a pergunta: quanto custa uma pizza de queijo nas principais capitais do mundo?
A pizzaria é uma fatia da Itália encravada no centro de Londres, na Inglaterra. O forno à lenha foi construído exatamente como o da matriz da rede, em Milão. A pizza é do tipo napolitana, com a massa fininha e muito ingrediente por cima. A pizza é individual, mas, dependendo da fome, alimenta duas pessoas. Em uma cidade cara como Londres, o preço é bem razoável. A pizza custa £ 7,50, o que representa cerca de US$ 11,50 ou R$ 26. Não é uma pechincha, mas, pela qualidade, não dá para reclamar do preço.
Em Tóquio, no Japão, há pizzaria em um bairro nobre da cidade. O bairro de Roppongi reúne a maioria dos estrangeiros que vivem na capital japonesa. O lugar também é o destino certo se o assunto é vida noturna. O senhor Iamaguchi prepara a massa e faz as contas. O custo da pizza reflete o que é viver numa das cidades mais caras do mundo.
A pizzaria oferece pizzas no padrão japonês, com quatro fatias, e no padrão brasileiro, com oito fatias. Uma delas custa 1,5 mil ienes, o equivalente a US$ 15. Para fazer a outra pizza, a pedido da equipe de reportagem, o pizzaiolo cobrou 1,7 mil ienes, cerca de US$ 17.
Se pizza é sinônimo de praticidade, está explicado o sucesso do prato nos Estados Unidos. Os americanos incorporaram a pizza ao cardápio e os imigrantes italianos espalharam pizzarias por toda Nova York. Em uma rua da cidade, tem uma na frente da outra.
Em uma das pizzarias, a versão da marguerita leva mussarela de búfala. Tem garfo e faca na mesa, mas os nova-iorquinos comem a pizza com a mão. O sabor é ótimo, mas a pizza sempre fica mais salgada no final. Com a gorjeta, o preço vai valor de US$ 29,64.
Ao fazer a comparação entre restaurantes de mesmo padrão, a pizza de queijo mais cara está justamente em Nova York, a cidade do jornal que levantou a questão. Com dólar cotado a R$ 2,26, são R$ 67. Depois, vem a pizza brasileira, que sai por R$ 59, com 10% já inclusos. Em Tóquio, o cliente paga R$ 38,42. Em Londres, a pizza custa R$ 24,90.
Mas a comparação não leva em conta o salário dos cidadãos das quatro capitais, que é justamente quem paga toda a conta. “Em comparação com Nova Yok, Londres e Tóquio, nós temos uma renda obviamente menor. Então, isso significa que nós temos que trabalhar muito mais horas do que quem mora nessas cidades para pagar pela mesma pizza”, diz a economista Thaís Zara.
Muitos clientes não entendem por que pagam tão caro para comer uma pizza fora de casa. Se alguém está lucrando demais com o preço da pizza no Brasil, esta pessoa não é o dono da pizzaria. Além dos pesados custos fixos, em São Paulo o pizzaiolo tem um gasto extra que não existe em outras grandes cidades do mundo.
“A gente gasta mais ou menos 1% da nossa receita com segurança, que é uma coisa que teoricamente você não precisaria gastar. Esse 1% teoricamente deveria ser parte do lucro do empresário, que você abre mão para poder dar segurança para o seu cliente”, diz o dono de pizzaria Alexandre Tadeu Bacelar.
Para a economista, o que explica o alto custo Brasil são os impostos. “Nós temos uma elevada carga tributária que incide em todas as etapas da preparação desse alimento fora do domicílio”, diz Thaís.
Está no Brasil a mais pesada carga tributária sobre o PIB (36,02%). O número é mais alto que na Inglaterra (35,50%), no Japão (27,60%) e nos Estados Unidos (25,10%). Essa é a conclusão a que chega a reportagem do New York Times. O texto fala da necessidade de uma reforma tributária. Mas no Brasil, a discussão de mexer na forma de cobrar impostos, até agora, sempre acabou do mesmo jeito.
Fonte: g1.globo.com
Foto: Reprodução