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Jogo rápido
O carioca Ygor Coelho alcança o topo do badminton brasileiro e se aproxima da vaga olímpica
por Luiz Humberto Monteiro Pereira
jogoscariocas@gmail.com
Em 1998, o professor de Educação Física carioca Sebastião Dias de Oliveira resolveu criar na comunidade da Chacrinha, na Zona Oeste carioca, a Associação Miratus da Badminton. O objetivo era promover o desenvolvimento social na região onde morava por meio da educação e do esporte – especificamente o badminton. Hoje, a Miratus atende mais de 200 jovens e, curiosamente, o ídolo da garotada é justamente o filho de Sebastião, Ygor Coelho de Oliveira, de 19 anos. O rapaz de 1,80 m e 69 kg, que estava dando os primeiros passos quando o pai criava a Miratus, hoje é o número 1 do badminton nacional e forte candidato à vaga brasileira nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Desde que começou a competir entre os adultos, a evolução de Ygor foi veloz como uma peteca que recebe uma cortada – num jogo profissional, elas atingem os 350 km/h. “Saí da posição número 409 do ranking mundial em outubro de 2014 e hoje, 18 meses depois, sou o número 69 e o primeiro do Brasil. Se ainda estiver nesta posição no ranking brasileiro no dia 1º de maio, estarei nas Olimpíadas do Rio!”, comemora Ygor, que é patrocinado por Nissan, Artengo, Lamsa e Embratel, além de receber a Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte, e a Bolsa Olímpica, do Comitê Olímpico Internacional, que beneficia 15 atletas brasileiros.
Jogos Cariocas – Você conheceu o badminton através do trabalho de seu pai. Como foi sua trajetória?
Ygor Coelho – Comecei com 3 anos e fui jogando todo dia, ano após ano. Meu pai tinha inventado uma técnica de aquecimento para o badminton com música e nos divertíamos muito. Em 2007, viajei pela primeira vez para fora do Brasil, para participar de um Campeonato Pan-americano Junior em Puerto Vallarta, no México. Voltei com um ouro, uma prata e um bronze. Descobrimos que o método do meu pai era não só divertido como muito eficiente! Continuei disputando torneios fora do Brasil até alcançar, em 2013, a marca de 12 ouros, duas pratas e três bronzes em 21 provas pan-americanas júnior que disputei em 8 anos. Resolvi então tentar ir aos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanquim, na China, que seriam o ano seguinte. Participei até do quadro “Agora ou Nunca”, do programa televisivo “Caldeirão do Huck”, para arrecadar dinheiro para participar de torneios e me classificar. E consegui minha vaga! Logo após, passei para a categoria adulta e fui treinar na Dinamarca durante três meses. Foi uma experiência mágica!
Jogos Cariocas – Quais são seus pontos fortes no badminton? E quais fundamentos precisa aprimorar?
Ygor Coelho – Tenho que trabalhar mais o meu “smash”, porque não tenho tanta força. Mas, em compensação, eu sou bom de defesa.
Jogos Cariocas – Como é a sua rotina de treinos?
Ygor Coelho – Treino a maior parte do tempo em Campinas, onde fica o Centro de Treinamento da Confederação. Num dia comum, treino de manhã das 7 h às 9 h ou das 9 h às 11 h, em geral na parte física. Depois eu almoço, descanso um pouco e recomeço a treinar das 15:30 h às 18 h. Volto para casa, tomo banho, estudo uma hora – estou fazendo supletivo para tentar terminar logo meus estudos –, janto e vou dormir lá pelas 22 h. No dia seguinte, recomeço. Domingo é minha folga.
Jogos Cariocas – Qual foi seu momento mais emocionante dentro do esporte?
Ygor Coelho – Com certeza foi a minha vitória na final do 30th Brazil Open, em São Paulo, em outubro de 2015. Após um combate muito duro de três sets, venci Kevin Cordon, número 43 do ranking mundial, atual melhor jogador das Américas e bicampeão pan-americano. E isso em casa, na frente do público brasileiro. Foi demais!
Jogos Cariocas – Quais os títulos mais importantes que já conquistou?
Ygor Coelho – Na categoria júnior, eu fui hexacampeão pan-americano. Como adulto, onde comecei no final de 2014, já conto com dois títulos e uma final. Venci meu primeiro torneio adulto, o Puerto Rico International, com 18 anos e 1 mês!
Jogos Cariocas – Já sonhou com os Jogos Rio 2016?
Ygor Coelho – Claro, sonho todo dia com isso! Imagine, serão minhas primeiras Olimpíadas, com 19 anos, a 10 km da minha casa! Em 2008, ainda não se sabia se as Olimpíadas de 2016 seriam mesmo no Rio e eu já sonhava com isso!
Jogos Cariocas – Jogar em casa é uma vantagem para os brasileiros? Ou pode atrapalhar?
Ygor Coelho – Sem duvida alguma pode representar uma vantagem. Nossos adversários são muito fortes, mas quem sabe não possamos criar umas surpresas graças à energia transmitida pela torcida brasileira? Já sonho em ouvir um “Brasil! Brasil!” durante os meus jogos! Tomara que eu possa jogar muito!
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