Influenciador brasileiro que denunciou racismo nos EUA é encontrado morto

Ainda é incógnita a morte do influenciador brasileiro, Ander Jackson, com 116 mil seguidores

 

Anderson Silva Sodré, de 26 anos, natural de Sorocaba (SP), que morava na Califórnia e trabalhou cuidando de crianças de uma família americana em Orono, foi encontrado morto em seu apartamento. Influenciador das redes sociais, conhecido como Ander Jackson, com 116 mil seguidores no Instagram, foi ele quem denunciou racismo nos EUA

 

Da Redação


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Ainda é uma incógnita a morte do brasileiro Anderson Silva Sodré, de 26 anos, que morava na Califórnia e trabalhou cuidando de crianças de uma família americana em Orono, cidade próxima a Minneapolis. Ele foi encontrado morto em seu apartamento, em San Francisco. Silva foi quem denunciou racismo nos EUA no ano passado – sentindo-se alvo de família americana.

Conhecido pela Comunidade brasileira como Ander Jackson, ele era de Sorocaba (SP) e ficou famoso com vídeos de humor na web com 116 mil seguidores no Instagram. Contundente em suas colocações, apesar do sorriso, Ander falou de racismo nos EUA, quando foi hostilizado pela família americana com quem trabalhava.

Ele contou que os dois meses em que trabalhou para família americana em Orno, era obrigado a manter a limpeza dentro e fora da casa. Na ocasião, o frio acumulava gelo no quintal.

Segundo Ander, “Eu não tinha ninguém para conversar, muito menos brasileiro. Eu sabia que algo estava errado e eu comecei expor a eles sobre a situação. Eles disseram que mudariam a posição, mas nada aconteceu.”

Sentindo-se solitário e discriminado, desabafou certa vez dizendo que: “Um dia foram para casa de um amigo para jantar. Não queriam me falar e eu entendi que foi pela cor da minha pele, porque todos eram brancos. Era uma família sem amizade com nenhum negro, nunca vi foto nem nada”, disse.

O estopim do relacionamento entre o brasileiro e os americanos ocorreu depois de ter o horário controlado nas folgas e responder por atividades que não eram de responsabilidade da função.

Depois de cuidar de crianças e deixar a região pela situação, o jovem trabalhou com a entrega de alimentos e dividia o aluguel com amigos na Califórnia. A renda era mantida com o trabalho de motorista por aplicativo.

O jovem trabalhava e morava nos EUA desde dezembro de 2018. Inicialmente, ele se mudou para o país para participar de um programa para cuidar de crianças em Orono.

Segundo a família, uma amiga de Ander soube da morte e passou o contato dos parentes do jovem para as autoridades. As causas estão sendo investigadas.

Agora, a família do jovem está buscando alternativas para conseguir levar o corpo para o Brasil e realizar o sepultamento em Sorocaba.

Em nota, o Itamaraty informou que está ciente do caso e o Consulado Geral do Brasil, em São Francisco, está à disposição para prestar a assistência aos familiares do jovem.



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