
Começa nesta segunda-feira (19) greve de pilotos e comissários, que poderá comprometer as viagens nacionais e internacionais. A paralisação será diária, das 6h às 8h. Categoria pede reajuste dos salários acima da inflação
Da Redação – Um dia de tensão e preocupação nos aeroportos do Brasil. Pilotos e comissários começam greve nesta segunda-feira (19), o que poderá comprometer voos nacionais e internacionais. A principal reivindicação é o reajuste real dos salários dos pilotos e comissários, acima da inflação, sob o argumento de que as empresas têm lucrado mais do que no período anterior à pandemia com o aumento dos preços das passagens aéreas. Mas como vão ficar os passageiros que têm compromissos e que dependem de se locomoverem – turistas em viagens de férias?
A paralisação ocorrerá todos os dias das 6h às 8h, e serão afetados todos os voos, nacionais e internacionais, dos seguintes aeroportos: Congonhas (SP) Guarulhos (SP) Galeão (RJ) Santos Dumont (RJ) Viracopos (SP) Porto Alegre (RS) Brasília (DF) Confins (MG) Fortaleza (CE). A medida não irá afetar decolagens de aviões que tenham a bordo órgãos para transplante, enfermos e vacinas, devendo seguir normalmente a programação.
Foi confirmada pelo presidente do “Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA)”, Henrique Hacklaender, que a greve começa mesmo nesta segunda-feira, depois que uma nova proposta chegou a ser apresentada para a categoria no sábado, mas foi rejeitada pela maioria dos profissionais em votação no domingo (18).
“O modelo de greve aprovado em assembleia não ofende a decisão do ‘Tribunal Superior do Trabalho’. A greve está mantida para iniciar a partir de segunda-feira”, disse Hacklaender á imprensa.
A ministra Maria Cristina Peduzzi, do “TST”, determinou a manutenção de 90% dos aeronautas em serviço enquanto durar a greve da categoria após pedido de liminar do “Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias.”
Como ficam os voos?
Segundo o sindicato, a paralisação deve afetar um total estimado de 161 voos e atingir milhares de passageiros diariamente. A recomendação é que os passageiros cheguem com antecedência aos aeroportos para acompanhar a situação dos voos e entrem em contato com as companhias aéreas em caso de dúvidas. Os passageiros que forem afetados podem recorrer diretamente às empresas para buscar uma solução, segundo a resolução 400 da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
O passageiro que se sentir prejudicado por um cancelamento tem direito de escolher entre: Reacomodação em outro voo Reembolso do valor pago Ter o trajeto realizado por outro meio de transporte – quando aplicável.
Caso haja atrasos superiores a uma hora, as empresas devem oferecer assistência aos passageiros, como acesso a meios de comunicação e alimentação. Quando a demora for superior a quatro horas e o passageiro estiver longe de sua residência à empresa deve oferecer hospedagem para pernoite.