Greve de aeronautas se agrava e impede família brasileira de embarcar para Orlando

Situação de incerteza para os passageiros nos aeroportos do Brasil com atrasos e cancelamentos de voos

O empresário mineiro, Gerson Veronesi Souza, disse ao “Nossa Gente” que está com a família desde quarta-feira (21), em “Viracopos”, Campinas, tentando embarcar para Orlando. Até o momento desta publicação ele não tinha conseguido o embarque – drama enfrentado por vários passageiros

Da Redação– O empresário mineiro, Gerson Veronesi Souza, de Poços de Caldas, disse ao “Nossa Gente” que está com a esposa e duas filhas menores de idade desde quarta-feira pela manhã, no “Aeroporto Internacional de Viracopos”, em Campinas, na expectativa de embarcar para Orlando, mas não está conseguindo. Confessou estar estressado e que as crianças “choram o tempo todo, irritadas com a demora em viajar”.

“Já remarcaram o nosso voo duas vezes, mas cancelaram em seguida alegando falta de pessoal para a operação. Mas isso não é problema nosso, a viagem foi programada em julho deste ano, temos hotel pago, aluguel de carro e podemos perder nosso pacote de viagem pela irresponsabilidade desses grevistas”, disse irritado.


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“Entendo a reivindicação por melhores salários, mas não vamos pagar essa conta com a punição de atrasos de nosso voo. O passageiro não pode ser prejudicado pela falta de senso das companhias aéreas, que devem resolver esse impasse sem nos colocar no problema. Só quero embarcar com a minha família para Orlando, simples assim”, desabafou Gerson.

Outras famílias também vivem o drama de atrasos e cancelamentos de seus voos para o exterior. Em “Viracopos”, um voo da empresa Gol registrou atraso de duas horas. Duas chegadas foram canceladas, segundo explicou o aeroporto, em nota, “por motivos operacionais das companhias aéreas, sem impacto da greve”.

O drama de famílias brasileiras e mesmo de turistas estrangeiros que não conseguem embarcar para os EUA está cada vez mais intenso com a greve dos aeronautas. Nos aeroportos internacionais, as filas são imensas e as viagens de férias para a “Disney” e mesmo o passeio programado em Nova York estão ameaçados com os atrasos e cancelamentos de voos desde a paralisação de pilotos e comissários, que começou na segunda-feira (19). 

Pela quarta manhã consecutiva – quinta-feira (22) –, os aeronautas pararam suas atividades em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Fortaleza, reivindicando reajuste salarial acima da inflação e melhores condições de trabalho. Isso tem resultado em caos total nos aeroportos com o cancelamento e atraso de voos, agora atingindo os voos internacionais.

No “Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP)”, por exemplo, pessoas que residem nos EUA e que precisam voltar a trabalho e outros compromissos, estão encontrando dificuldades para embarcar. São horas desesperadoras em meio ao aglomerado de pessoas, filas imensas e as companhias aéreas tentando contornar o problema, remarcando voos, mas nem todos conseguem um resultado positivo.

Em Brasília, 32 voos foram cancelados até o fim da tarde da quarta-feira (21), incluindo partidas para Uberlândia (MG), Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) . No “Aeroporto Juscelino Kubitschek”, profissionais da categoria grevista se reuniram em frente ao embarque doméstico das 6h até às 8h, como vem sendo de praxe.

A “Infraero” informou que, durante a manhã, foram nove atrasos e 12 cancelamentos em “Congonhas” e quatro atrasos e 19 cancelamentos no “Aeroporto Santos Dumont”, na capital fluminense.



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