Os dados levantados pela empresa “Zillow Group”, comparados com informações da “Redfin Corporation”, apontam que os imóveis mais caros do país hoje estão concentrados na Flórida, desbancando o poderio imobiliário da Califórnia e Nova York
Da Redação – Apontada como a porta giratória para investidores e famílias que buscam melhor comodidade, a Flórida se tornou o destino preferido de empresários e pessoas bem sucedidas do Brasil, ampliando o mercado imobiliário com a chegada desses privilegiados moradores. Dados do “Zillow Group” atestam que os residentes em bairros de alto poder aquisitivo nas cidades de Coral Gables e Naples, por exemplo, têm acompanhado o favorecimento dessas regiões, superando o poderio da Califórnia e Nova York.
Anteriormente, a Califórnia era considerada a “bola da vez”, com seis dos dez bairros mais caros dos EUA, entretanto, desde a pandemia que esse cenário vem perdendo seu brilho. A Florida, no momento, abriga sete desses bairros de luxo, segundo o “Zillow Group”, desbancando os californianos – apenas três estão em Beverly Hills e Malibu, na Califórnia.
Nos EUA, o preço médio das residências aumentou mais do que em qualquer período comparável desde 1979, “em parte refletindo a falta de oferta, à medida que os proprietários de imóveis se mostravam relutantes em abrir mão das hipotecas com taxas mais baixas que negociaram em anos anteriores”, relata a empresa de mercado imobiliário.
Os dados trimestrais da “Federal Housing Finance Administration” informam que os valores das residências em todo país, no final de 2023, subiram quase 50% em relação a 2019. Mas, para os proprietários nos bairros mais abastados do país, a valorização gerou ganhos expressivos de riqueza para alguns, mas muito menos para outros.
O preço médio de uma residência, em 2020, nos bairros mais caros dos EUA variava de US$ 1,1 milhão a cerca de US$ 10,6 milhões, segundo dados da “Zillow”. Agora, o ponto de entrada para se mudar para um bairro de alto padrão é de US$ 1,3 milhão. Uma residência no local mais caro do país, Gables Estates, em Coral Gables, perto de Miami, ultrapassa os US$ 21,1 milhões. A área mais cara quatro anos atrás era o bairro Beverly Hills Gateway.
Nova York, por sua vez, ficou fora do top 10 como um todo. O preço médio de US$ 6,4 milhões em 2020 colocou o West Village em sexto lugar, enquanto o Upper East Side ocupava o décimo lugar com US$ 5,6 milhões.
Mas os preços das casas no West Village caíram 8,2% para cerca de US$ 5,9 milhões, enquanto os valores das residências no Upper East Side caíram 26% para US$ 4,2 milhões, com base nos dados da “Zillow.”
Já os dados da “Redfin Corporation”, com sede em Seattle, atestam que em Manhattan, os preços das residências caíram 14,4% em comparação com quatro anos atrás. Em fevereiro, o preço médio de um imóvel residencial era de US$ 1,04 milhão, abaixo de um preço médio de US$ 1,21 milhão em fevereiro de 2020.
