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Flórida rejeita uso medicinal da maconha em referendo
Apenas 57% da população aprovou uso; era preciso 60% dos votos. Referendo foi realizado junto com eleições legislativas nesta terça.
Os eleitores da Flórida rejeitaram nesta terça-feira (4) a legalização do uso medicinal da maconha por uma margem pequena, em uma consulta popular que fazia parte da votação das eleições legislativas realizadas nos Estados Unidos.
A emenda constitucional, que mobilizou mais de 5,7 milhões de eleitores, não conseguiu o apoio de 60% dos votos necessários para sua aprovação e ficou em torno de 57,5%.
O candidato republicano, o governador reeleito Rick Scott, se posicionou contrário à medida durante a campanha eleitoral, enquanto seu adversário, o democrata Charlie Crist, alegou que se tratava de um tema de “compaixão”.
Alguns de seus críticos, como a procuradora-geral do estado, Pam Bondi, e a Associação de Chefes de Polícia da Flórida (FPCA, sigla em inglês), alertavam que a definição utilizada pela iniciativa poderia derivar no uso descontrolado entre os pacientes e em abuso por parte dos não doentes.
Segundo o texto da proposta, a maconha ajudaria os pacientes diagnosticados com condições médicas “debilitantes”, um termo que os críticos do projeto consideravam muito amplo.
A Emenda 2, como aparecia na cédula de votação, esclarecia que essas condições são câncer, esclerose múltipla, glaucoma, hepatite C, HIV, aids, esclerose lateral amiotrófica, doença de Crohn e o mal de Parkinson.
No entanto, afirmava em seguida que a substância poderia ser fornecida a doentes com qualquer outra “condição”, dependendo da opinião do médico, que poderia considerar que a maconha ‘traria mais efeitos positivos do que riscos de saúde potenciais para um paciente’, o que era considerado muito vago pelos opositores.
As campanhas em favor de seu uso, como a United for Care, contavam com a aprovação da medida e na semana passada revelaram uma pesquisa em que 61% dos entrevistados estavam a favor da medida.
O Senado da Flórida aprovou no início deste ano o uso médico e terapêutico de uma variedade de maconha com baixos índices de THC para ajudar no tratamento de crianças que sofrem de epilepsia.
O consumo de maconha para fins medicinais é permitido em 23 estados do país e seu uso recreativo é legal, desde novembro de 2012, no Colorado e em Washington. Nas eleições de hoje, o Oregon e o Distrito de Columbia, onde fica a capital do país, aprovaram o uso recreativo da maconha. O Alasca também votou sobre essa proposta, mas os resultados ainda não foram divulgados.
Por outro lado, os eleitores da Flórida aprovaram por referendo, com quase 75% de votos a favor, uma emenda para destinar recursos à aquisição e recuperação de sistemas naturais do estado.
Fonte: g1.globo.com (EFE)