O exercício da fé de profissionais da saúde no combate ao esgotamento físico e mental
Quais a consequências de quem atua na linha de frente no combate à Covid? Um front de guerra, diante do inimigo voraz, invisível aos olhos humanos, que leva ao esgotamento físico e mental. Testemunhas de Jeová têm feito um trabalho importante, compartilhando versículo bíblico encorajador, fortalecendo a fé de profissionais da saúde em hospitais e clínicas dos EUA
Da Redação
Quais a consequências dos profissionais que atuam na linha de frente no combate à Codiv-19? Evidente que a maioria, diante de horas exaustivas de trabalho – socorrendo vidas –, enfrenta momentos de desespero, na tentativa de levar esperança à pacientes em condições precárias da doença. Um front de guerra, diante de um inimigo voraz – implacável –, invisível aos olhos humanos. Homens, mulheres e crianças, alvos de ataques catastróficos – falta de ar, procura de leitos, e sem o direito de estar ao lado de familiares nos instantes finais.
Clover Stewart lidava com cadáveres – Mas como lidar com tudo isso? Despojar-se de cenas de morte e dor, ao longo de quase dois anos, sem dúvida, é uma trajetória difícil, marcada pela tolerância e dedicação desses profissionais da saúde que trabalham durante horas ininterruptas. E através da fé, enfermeiros, médicos e auxiliares nos hospitais buscam o caminho da espiritualidade para superar o esgotamento físico e mental, obtendo resultados positivos, com mensagens bíblicas em meio ao caos.
O Dr. Lawrence Onoda, um psicólogo clínico em Mission Hills, Califórnia, observou várias maneiras através das quais a espiritualidade pode ajudar, incluindo dar às pessoas “uma esperança positiva e um objetivo na vida, consolo ao procurar respostas e força de um poder superior, assim como o apoio e senso de comunidade que vêm de experiências compartilhadas.”
Esse o caso de Clover Stewart, que nos últimos 14 meses passou muito tempo colocando vítimas da Covid-19 em sacos para cadáveres. Às vezes, ela se sente como uma das muitas vítimas vivas da pandemia – profissionais de saúde que, no auge do surto doença, testemunharam mais mortes horríveis no decorrer de uma semana típica do que teriam visto em toda a sua vida.
Certa noite de março de 2020, em meio aos esforços frenéticos da equipe médica, sons sombrios de pacientes com falta de ar e o cheiro acre de desinfetante, o trabalho que Clover fazia se tornou um assunto bem pessoal. Ela reconheceu uma falecida: a recepcionista com quem ela e sua filha grávida tinham conversado há pouco tempo em uma consulta médica.
Importante mensagem de voz
Josie Rodas e as sombras da depressão – Clover, que trabalha em uma unidade de cuidados intensivos em Brooklyn, Nova York, disse: “Orei pedindo sanidade mental.” Acredita que sua fé a tem ajudado a aguentar. Nessa mesma noite, rodeada por morte e cheia de ansiedade por possivelmente ela e filha terem contraído o vírus, alguém deixou uma mensagem de voz para Clover. Uma Testemunha de Jeová fazia um esforço especial para saber como estavam seus irmãos e irmãs na fé que trabalhavam na área da saúde e para compartilhar um versículo bíblico encorajador.
“Deus estava comigo”, ela declarou, ao refletir sobre a garantia de que Deus estava vendo suas lágrimas.
“O que os profissionais de saúde estão enfrentando é semelhante a um combate civil,” declarou o Dr. Andrew J. Smith, diretor do Programa de Trauma Ocupacional da Universidade de Utah, no Huntsman Mental Health Institute, em um comunicado de imprensa de sua instituição.
De acordo com um estudo realizado pela equipe do Dr. Smith, mais da metade dos médicos, enfermeiros e socorristas que cuidaram de pessoas que tinham covid-19 podem correr o risco de ter um ou mais problemas de saúde mental — tais como transtorno de estresse traumático agudo, depressão e ansiedade.
Foi isso o que aconteceu com Josie Rodas, uma enfermeira na unidade de emergência em Long Island, Nova York. No início da pandemia, ela começou a sentir as sombras escuras da depressão. Vários colegas de trabalho desistiram devido à pressão. Em casa, ela dormia sozinha, com medo de infectar o marido de forma assintomática. “Eu estava tão pra baixo”, disse ela.
Aí a mãe dela, que mora sozinha, contraiu o vírus. Desesperada para ajudar, mas precisando se manter protegida, Josie monitorava constantemente uma câmera remota para ver a ascensão e queda do peito de sua mãe — um sinal de que sua mãe ainda estava respirando.
Mas assim como no caso de Clover, a congregação de Testemunhas de Jeová de Josie se mobilizou. Eles enviaram mensagens de texto, cartões, ligaram por telefone, FaceTime e por Zoom para lhe dar o incentivo para não desistir. “Fale com Deus”, disse uma amiga. “Ele vai te ajudar.”
Com esse encorajamento, Josie sentia tranquilidade ao passo que continuava a adorar com eles regularmente online, se juntava com grupos de ministério no Zoom e intensificava suas orações.
E embora Josie tenha gravado em sua memória o olhar amedrontado dos pacientes com Covid grave, ela também sente a paz da promessa bíblica de que Deus acabará com a doença, a dor e até mesmo trará os mortos de volta à vida. Ela disse: “Eu imagino todos aqueles pacientes que morreram, ressuscitados no Paraíso.”
Serviço
Informações de como obter consolo por meio das escrituras:
Website – consulte https://www.jw.org/pt/ensinos-biblicos/paz-felicidade/voce-pode-acreditar-futuro-melhor-biblia-promete/)